Capítulo dezesseis.

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“Onde vai com tanta pressa assim, Vegas?”

Uma sombra se fez presente na mesa enquanto se empenhava ao máximo em jogar tudo o que havia tirado de dentro da bolsa, de volta nela. Não poderia perder um segundo naquela sala, o sinal já havia soado e provavelmente Pete já estava rindo de maneira maligna por ter conseguido que ele se atrasasse enquanto dava ignição no carro. Ignorou Tawan e desamarrou o moletom da cadeira e deu um laço fortemente na cintura, amarrando-a ali.

“Você pode me dar licença? Estou atrasado e não tenho tempo para conversar.” Murmurou frustrado e finalmente ergueu a cabeça vendo o garoto olhando-o de forma brincalhona. Ótimo. “O que você quer?”

“Sabe muito bem o que quero.” Tawan inclinou o pescoço mostrando-lhe um sorriso ladino. “Saia comigo.”

Quase engasgou com o ar, tinha que ser aquela velha história de novo surgindo para o atormentar. Quando o garoto iria entender ou distinguir as palavras ‘não’ da palavra ‘sim’? Nunca tinha ficado com o ruivo e muito menos queria ficar, mas ele insistia em permanecer no seu pé. Revirou os olhos, como resposta apenas desviou do corpo baixo a sua frente e começou a dar passos em direção a porta. Pete o esperava.

“Qual é, Vegas? Eu literalmente estou oferecendo uma foda gratuita todos os dias e um romance incrível comigo.”

“Uau, que bela oferta.” Era impossível não sentir o olho querendo fazer trezentos e sessenta. “Quer parar de me seguir?”

Os passos ecoavam atrás de si apressadamente, na mesma medida que os seus se apressavam para chegar na saída do colégio e na entrada do estacionamento. Passou pela porta e Tawan deu um gritinho irritado atrás de si quando deu um tapa na mão atrevida dele tentando segurar a sua, aquele cara não iria desistir nunca?

“Pare de ser tão babaca, Vegas!” 

Quando estava prestes a rebater para terminar o caminho até a entrada do estacionamento, uma cabeleira já conhecida por si tomou conta da sua visão. Ergueu a sobrancelha e mirou no rosto antipático de Pete, este que olhou para Tawan.

“Posso saber o que está acontecendo aqui? Estava te esperando e quase indo embora, Kornwit.” Tawan deu um passo à frente e ficou ao lado de um Vegas frustrado. Queria ter encontrado com o homem a sós e não com aquele idiota pegando em seu pé. “Por qual razão está gritando tanto, garoto do segundo ano?”

“Meu nome é Tawan e posso saber o motivo da espera?”

Seu coração bateu forte contra o peito ao ver Pete mover os lábios e entreabri-los, no desespero foi parar ao lado do homem mais velho e ficou de frente ao garoto curioso. Não queria que ele ficasse mais curioso ainda para saber que tipo de conversa teriam, principalmente se Tawan resolvesse ter uma crise de ciúmes sem sentido ali mesmo com o professor.

“Ele vai me ajudar na matéria e conseguir uns pontos extras, então podemos ir senhor Phongsakorn? Não quero ocupar mais o seu tempo do que o necessário.”

Tawan ergueu a sobrancelha da mesma forma e no mesmo segundo que o professor, ambos aparentemente confusos. 

“Achei que queria con-”

“Ótimo, foi bom te ver Tawan mas eu preciso mesmo ir.” Sem esperar pela resposta do mesmo, apenas rodou os dedos longos no pulso de Pete e puxou-o até o lugar que o carro do professor estava estacionado. “Por favor, só dê partida nisso. Eu te explico depois.”

Recebeu um acenar meio confuso e correu para o lado do passageiro, observando-o entrar no veículo e abrir a porta para ele entrar. Não demorou muito para estar com o cinto de segurança travado em seu peito e o barulho do motor funcionando.

professor Peteحيث تعيش القصص. اكتشف الآن