Uma Gota De Vinho

Capítulo Vinte Nove

No Capítulo Anterior...

- Eu quero saber o que aconteceu! Deus, Melissa, fiquei desnorteado quando te encontrei no chão!

- O produtor que deu em cima de mim mais cedo me capturou e me levou até um carro preto e lá dentro se encontrava Carlos Miranda. - Sua voz começou a falhar.

Levanto seu rosto, fazendo-a me olhar nos olhos. Estava controlando totalmente o meu ódio para não assustá-la. Mas eu iria atrás desses malditos e os mataria!

- Continue. Estou aqui. - Incentivo-a com a minha voz controlada

- Ele queria que eu me separasse de você. Queria que eu saísse do caminho dele, me ameaçou de morte se eu não fizer o que ele quer. Disse que eu morreria como minha mãe e meu irmão.

- O QUE?! - Agora estava totalmente irado. Eu o mataria primeiro! Sabia que ele iria aprontar uma, como minha mãe avisou.

- John! Eu o quero atrás das grades!

- E eu quero matá-lo!

- Calma! - Ela segura meu rosto. Queria sair agora desse hotel e caçá-lo. - Vamos pensar primeiro.

- Já pensei! Vamos voltar para São Paulo! Agora!

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- Por favor, meu amor, respire fundo e sente um pouco, irei pedir á Maria que traga um remédio para seus enjoos. - Jonathan me guiava até a cama de seu quarto e me ajudava a sentar no mesmo, enquanto eu respirava fundo e sentia meu estômago dar piruetas. - Tem certeza que não quer que eu chame um médico?

- Não, John! Não é necessário. Isso tudo é reação do meu metabolismo com tudo que está acontecendo, já irei melhorar. - Tranquilizo-o.

Desde o momento que aquele assassino me jogou do carro e revelou que matou minha mãe, comecei a ficar com esses enjoos horríveis. Jonathan quis voltar rapidamente para São Paulo em seu jatinho, com vários seguranças ao nosso redor. Não sei como consegui viajar no estado lamentável que me encontrava. Agora estávamos em sua casa, mais precisamente em seu quarto. Ele me lançava olhares preocupados.

- Tudo bem, já volto. - E assim, me dá um selinho e deixa o quarto.

Em meu celular já havia várias mensagens e ligações perdidas de Maitê e Bruno, mas não sabia o que dizer para meus melhores amigos. Envolvê-los nessa história toda poderia coloca-los em riscos e essa é a última coisa que quero na minha vida. Já bastava a preocupação que estava com Jonathan.

A maneira que Carlos Miranda me ameaçou ainda me causava calafrios de ódio, tristeza e repulsa. Mas eu nunca deixaria meu John, nunca o abandonaria, nunca desistiria do amor que encontrei. Jonathan era tudo para mim.

Meu olho arde, mas seguro a vontade de chorar e cubro meu rosto com minhas mãos. Eu não sei o que fazer... Eu não sei o que faremos agora diante disso tudo... Quero colocá-lo atrás das grades... A morte para ele é muito pouco. Quero que ele sinta na pele o que passei sem ter uma mãe, um irmão e um pai. Foi ele que tirou tudo de mim!

Que ódio!

Bato minhas mãos no colchão com todas as minhas forças. Meu estômago se revira com mais intensidade, me causando uma ânsia forte. Levanto rapidamente da cama e vou ao banheiro.

- Melissa! - Ouço a voz do Jonathan me chamando atrás de mim.

Levanto rapidamente a tampa da privada e coloco tudo que não tinha dentro de mim, para fora. Sinto o meu anjo da guarda segurar meus cabelos.