23 : Severus conhece os primos

735 100 7
                                    

Sirius aparatou com Severus em uma área isolada, ao sul da nova floresta. Ele veio aqui quando criança para visitar a pequena vila bruxa próxima. A Prince Manor estava supostamente localizada em algum lugar mais profundo da floresta. As proteções eram consideradas tão antigas quanto a própria magia e dificultavam a localização da casa para mantê-la protegida de intrusos. Como não tinham convite, a melhor opção era dar uma volta e torcer para encontrar a Mansão.

Eles caminharam de mãos dadas por cerca de meia hora sem sorte, até que Severus parou de repente.

“Severo?” perguntou Sirius. "O que é?"

"Eu posso sentir isso." respondeu Severus. Ele fechou os olhos por um segundo e respirou fundo. "É este caminho." ele acrescentou e soltou a mão de Sirius enquanto ele mudava de direção.

"Espere." disse Sirius e começou a dar passos mais longos para acompanhar o namorado.

Parecia que Severus estava em algum tipo de rastro. Ele se movia entre as árvores com graça e facilidade, como se já tivesse estado ali antes. Sirius quase esbarrou nele quando ele parou abruptamente na beira de uma clareira.

“Você consegue ver?” disse Severus.

Sirius olhou em volta. Tudo o que ele viu foi uma campina e um pequeno lago. Ele também avistou alguns pôneis selvagens próximos à água. "Veja o que?" ele perguntou.

"A mansão! Está logo ali no alto da colina.”

"Eu realmente não posso..." Sirius parou. Aos poucos o Solar se apresentou a ele. Era feito de pedras cinzentas e tinha uma sensação calorosa. "É lindo." ele respirou.

Severus começou a andar novamente. Logo ele começou a correr. A campina parecia ganhar vida na presença do menino. O ar clareou e as flores começaram a desabrochar. De repente, havia uma criatura magnífica correndo no lugar de Severus, seu pelo preto brilhando ao pôr do sol. Sirius parou com a visão por um segundo, antes de se transformar em Almofadinhas e correr atrás dele. Severus parou perto da entrada. Ele mudou para sua forma humana e esperou Sirius se juntar a ele. Eles entraram juntos quando a porta antiga se abriu ao toque de Severus.

"Para onde?" perguntou Severus, ofegante.

“Sala de jantar, suponho. É hora do jantar." disse Sirius e aguçou os ouvidos. “Eu posso ouvi-los, é por ali.” acrescentou, apontando para o corredor à direita.

Eles caminharam pelo corredor, seguindo os sons, e finalmente chegaram à sala de jantar. Havia mais de vinte pessoas ao redor da mesa, conversando e rindo entre si. Severus examinou a sala com os olhos. "Onde ela está?" ele sussurrou antes de entrar.

No momento em que seus pés cruzaram a soleira, as tochas ganharam vida, lançando um brilho quente na sala, que antes havia sido iluminada com velas. A conversa morreu imediatamente. Um velho se levantou, olhando para Severus com olhos negros penetrantes. "Quem é você?" ele perguntou.

“Eu sou Severus, filho de Eileen. Onde ela está?" disse Severus com firmeza.

Ninguém disse nada. Você poderia ouvir um alfinete cair.

“Eu sei que ela está aqui. Leve-me até ela agora!" Severus tentou novamente, tremendo de raiva.

Aparentemente, essa era a coisa certa a dizer. Um elfo doméstico apareceu na frente deles, curvando-se. “Tilda guiará o Mestre até sua mãe.” ela guinchou e saiu da sala. Severus e Sirius a seguiram. Demorou muito para chegar ao destino. Parecia que o elfo estava alongando o caminho de propósito.

Quando o elfo finalmente parou em frente a um quarto, os outros ocupantes da casa já estavam ali, esperando por eles.

“A senhora está em seu quarto. Tilda não pode entrar.” disse o elfo doméstico, curvando-se.

Visões da Perdição - TRADUÇÃO -Onde histórias criam vida. Descubra agora