rosas venenosas

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Músicas recomendadas para este capítulo:
The hills
Ligações de alma
She knows

Boa leitura, espero que goste.
Mil perdões por qualquer

Margot
Estou trancada e isolada no quarto novamente deitada de costas para cama encarando o teto, depois que eu e Astrid voltamos eu preferi voltar para cá, tinha esperanças de que voltar para o quarto fosse me ajudar com a minha confusão mental, mas não.

Ajudou Astrid me perguntou se eu não queria que ela ficasse comigo, mas já era tarde, ela precisava dormir, eu já sou a pessoa com noites mal dormidas da relação ela não precisa passar por isso então a dispensei, talvez eu a chame depois, mas minha cabeça continua girando em torno do mesmo questionamento, o que miranda estava fazendo no drais? Ela esteve com alguém? Ela transou com alguém? Esse simplesmente pensamento é o suficiente para nublar meus pensamentos, mais ainda com uma névoa de fúria.

Eu não estou com ciúmes, eu não tenho por que sentir isso, terminamos a 5 anos, mas só de pensar em alguém encostando nela já me deixa estética.

Mas eu tenho esse direito, não tenho?

Uma mistura de sensações e vontades me enlouquecem, não sabia que um ser humano poderia sentir vários sentimentos contraditórios ao mesmo tempo, quero levantar da cama e pegar a câmera que está no armário, mas, ao mesmo tempo, quero jogar essa maldita câmera de memórias na parede para que se despedace, mas, ao mesmo tempo, só de pensar em fazer isso é perder as poucas memórias que ainda me restam com ela faz meu coração does em arrependimento antes mesmo que eu o faça.

Quero ir até a dega, quero beber tudo o que estiver lá, quero afogar esses sentimentos confusos e turvos quero esquecer essa agonia que cresce e cresce em movimento contínuo me empurrando em direção a um precipício, mas eu sei que mesmo que eu faça isso ela não vai sumir de minha mente, ela sempre vai estar lá, seu rosto e seu sorriso, intacto em minha memória, miranda de marmorel já é algo marcado em minha alma, a frustração me invade então me limito a ficar deitada na cama olhando para o teto, não quero dormir, não consigo dormir, meus músculos estão elétricos e meus pensamentos rugem por todos os cantos da minha mente a todo vapor, meus olhos ardem.

Pequenas lágrimas de frustração brotam em meus olhos e escorrem pelo meu rosto, cravo as unhas na palma das mãos para espantar os pensamentos, os fantasmas, mas nada funciona.

O que tá acontecendo comigo? Miranda eu te odeio, mesmo a distância você segue me atormentando, e me enlouquecendo tirando minhas noites de sono e atrapalhando minha vida, enxugo minhas lágrimas e me levanto da cama, você não vai me enlouquecer de novo, Miranda de marmorel, isso é falta de sexo, uma boa foda deve resolver esse problema.

Isso sempre resolveu, por que não resolveria agora? Não me dou o trabalho de ir até o armário procurar uma roupa, ainda estou usando a roupa que astrid escolheu para mim, um vestido preto de cetim com um decote reto e costas nuas, ele contrasta com meus cachos vermelhos, gosto disso, e ele valoriza as coisas que eu mais gosto em mim, minha cintura, minhas costas e meus longos cachos vermelhos.

A única coisa que eu mudo em minha roupa são os calçados, troco o coturno por um louboutin scarpin, caminho até o banheiro e acendo as luzes para me admirar no espelho, dou uma boa olhada, estou ótima, só preciso dar uns toques finais, faço um delineado esfumado para destacar meus olhos, e passo um batom vermelho para dar um toque final o perigo está noite serei eu.

Eu vou te tirar da minha mente Miranda, nem que seja pondo outra pessoa no meio das minhas pernas.

Apago as luzes do banheiro e caminho até a cômoda onde estão as chaves, as pego e saio de meus aposentos sem fazer o mínimo barulho, me esgueiro pela escuridão, não é novidade sair do castelo a morte sorrateiramente, mas agora se tornou algo mais rotineiro até para mim, caminho até o lado de fora do castelo E caminho até onde os carros são guardados e protegidos, não digo nada apenas espero que o guarda abra o grande portão de ferro reforçado que barra a minha visão dos carros que ficam ali, assim que o guarda abre uma pequena fresta eu entro, nem me dou o trabalho de olhar para ele, vou até onde estacionei meu carro, assim que bato a porta ligo o ar e ligo o rádio, dou partida no carro saindo pelas ruas noturnas novamente, mas desta vez o meu destino é outro.

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