Afogar

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Sinto-me perdendo o rumo outra vez,

Como se cada passo até aqui fosse em vão.

Lágrimas derramadas, dores sentidas,

Gritos abafados, tudo parece sem razão.

As batalhas que lutei viraram derrotas,

E a correnteza da água me envolve novamente.

Quase me afogando, como antes.

Não desejo me render, resisto ainda,

Corro em busca da luz, agora distante.

Mas nada me atrai mais,

Não há algo onde posso me segurar.

O grito preso na garganta não se liberta,

Mas sozinha estou novamente, sem ninguém para me socorrer.

Sem forças, tudo o que reste-me

E me entregar,

deixar-me afogar.

Uma poetisa nas madrugadasWhere stories live. Discover now