Coelhinho da Páscoa, o que trazes para mim? 🔞

Capítulo único.

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Notas do autor:
E aí, pessoal?
Eu sei que estou mega desaparecida e que do nada estou ressurgindo com história nova. Mas o que aconteceu foi o seguinte: dona Karolinda pediu para finalizar essa história que eu apenas comecei e não faria sentido nenhum postar em qualquer outro dia que não fosse hoje rsrsrs
E ela me pediu TANTO pra postar aqui no Wattpad também... enfim, posteeeeeei!
Essa história foi sucesso de audiência na rede vizinha e eu espero que vocês gostem o tanto que nós amamos escrever.
Então pega o chocolate, uma água e se divirta!

Colab - YoRM e K Montblanc 

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Tédio.

Uma completa falta do que fazer e um extremo desinteresse pelo ambiente ao meu redor. Também não era para menos: uma garota sozinha em pleno feriado católico de páscoa em um país que não comemora datas cristãs. E não, hoje eu não queria assistir uma missa online, não queria fazer uma live com minha família enquanto eles fazem uma ceia enorme e eu só tinha um ramen* sobre a mesa. Eu não queria ver a felicidade deles reunida em uma enorme mesa me fazendo lembrar do quão sozinha estou, a dois oceanos de distância.

Eu quero algo que me faça sentir viva.

É por isso que eu me enfiei debaixo do chuveiro, refiz todo o processo de depilação, lavei os cabelos e os escovei. Usei meu melhor perfume e vesti meu melhor vestido e chamei um Uber para ir até um lugar desconhecido.

Pelo menos era um lugar para garotas, que trazia uma proposta que me agradava em grandes proporções: um show especial de páscoa em uma boate stripper para mulheres.

Eu estaria em casa, não estaria?

O lugar não é amplo. Tem formato arredondado, cheio de fumaça de gelo seco e um balcão de bar que circula por cada pedaço das paredes. Tem vários garçons vestidos com calça preta, sem a camisa, com a gola e os punhos de uma camisa social, além da gravata borboleta. E claro, o toque especial estava nas orelhas fofinhas e o rabo de pompom decorando a bunda.

Me sento num banquinho do bar e peço um drink qualquer. Logo ele é entregue e eu posso analisar mais do lugar enquanto álcool circula em minhas veias. A música é alta, instiga meus instintos mais baixos e me faz querer dançar.

As outras mulheres que pagaram um preço um tanto salgado para estarem ali insistem em ser nada educadas com os garçons, abusando de mãos bobas. Eu, por outro lado, ainda não descobri exatamente tudo o que este lugar tem a oferecer, então vou apenas observar.

— Não é comum uma bela dama vir sozinha até aqui. — Um rapaz corpulento, igualmente seminu, senta-se na banqueta ao lado. — Está esperando alguém?

— Na verdade não. — Confesso, admirando-o dos pés à cabeça. — Eu vim sozinha.

Ele sorri, abaixando a cabeça. Os fios longos do cabelo sedoso caem sobre o rosto dele e logo são jogados para trás. Ele é diferente dos outros. Tem uma aura atenciosa que exala luxúria, mãos robustas que prometem silenciosamente resolver todos os meus problemas.

— Posso perguntar se você pretende continuar aqui, sozinha? — Ele parece interessado. Atiça minha curiosidade.

— Não sei. Você tem alguma sugestão do que eu posso fazer? — Questiono, arrancando dele mais um sorriso. — Eu só estava entediada e resolvi conhecer este lugar. Ainda não descobri o que ele tem a me oferecer.

— Eu tenho muitas sugestões. — Por algum motivo ele acha que abaixar o tom de voz é uma boa ideia, fazendo minhas pernas se arrepiarem. — Aqui tem um bar que faz ótimos drinks. Tem garçons atenciosos que vão te atender. Tem um show no palco principal, no centro do cômodo, que começa daqui a meia hora. Hoje quem vai dançar ali é Park Jimin, ele é ótimo! — Ele acrescenta. Eu escuto com atenção, tentando decidir se ele está flertando comigo ou apenas fazendo seu trabalho. — Ou você pode comprar o pacote especial da noite e ir para as cabines privadas.