Nossa esposa!

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Papai Wilson? Papai Bento?

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Papai Wilson? Papai Bento?

Com um milhão de pensamentos na minha mente, me estiquei no sofá e fechei os olhos.

A terapeuta familiar em mim estava determinada a chegar ao fundo disso, e eu tinha a ideia perfeita.

Logo a minha sorte! De todos os caras no mundo, eu tinha que achar esses dois, que estão comprometidos! E tem um filho!

Na manhã seguinte

Que ideia brilhante. Flora! Bravo!

— Sr.ᵃ Carvalho, que surpresa! Algum motivo especial para essa visita de manhã cedo?

— Sim, eu tenho uma pergunta sobre os Maciel. — Vi ela levantar uma sobrancelha, o olhar dela mudou para um de suspeita. — Eles são... uma família... hum... uma família comum?

De repente ela começou a rir e olhou para mim por cima dos óculos.

— Eles são tudo, menos normais, Sr.ᵃ Carvalho. Por que a pergunta?

— Desculpe, diretora Hoffman, mas devo me preocupar com o Zeca? Como ele está lidando com... vir de uma...

Ela me cortou com um movimento da mão.

— Sr.ᵃ Carvalho, a sua única preocupação deve ser que o Zeca tenha boas notas até o fim do ano letivo. Confie em mim quando digo, ele é perfeitamente normal, com uma vida feliz e uma família estável. Mais alguma pergunta desnecessária, Sr.ᵃ Carvalho?

— Não.

— Vá para sua sala de aula e não fique bisbilhotando no que não é da sua conta.

Naquela tarde, perto do fim da aula eu estava observando o comportamento do Zeca desde que ele chegou.

Ele parecia perfeitamente normal, saudável, barulhento e brincalhão. A terapeuta familiar em mim decidiu cavar mais, apesar dos avisos da Daniela.

— Ei, Zeca. Venha aqui, por favor. Me conte mais sobre a sua família. — Os olhos espertos do Zeca brilharam com alegria misturada com surpresa. — Quero dizer, não quero te assustar ou algo assim... Só estou curiosa...

— Sr.ᵃ Carvalho, minha família é a melhor do mundo! Papai Bento é o forte, ele cuida do rancho todo. Papai Wilson é o engraçado, ele me leva para sair às vezes, para a feira, para o parque de diversões...Ah, uma vez nós até... — Chegamos ao ponto sem volta. Zeca estava falando sem parar. — E tem a vovó Alessandra, ela dá medo às vezes...

— Calma, Zeca, calma... E a sua mãe?

Zeca piscou duas vezes e abriu a boca para dizer alguma coisa, quando o sinal tocou. Ao mesmo tempo, alguém entrou na sala de aula.

Eu quase caí da cadeira. Outro Apollo, que era praticamente a exata cópia do Deus de olhos azuis chamado Wilson, do dia anterior, estava de pé na porta da minha sala de aula, me encarando.

Meu Cowboy (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora