𝟑𝟐: 𝐏𝐚𝐬𝐭 𝐌𝐞𝐦𝐨𝐫𝐢𝐞𝐬

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Kastiel Kaltain

ALGUNS DIAS ATRÁS...

Era um dia após a nossa chegada de Dubai e Christopher já havia me designado para a NSA. Estava difícil ter um dia de descanso naquela porra, eu já estava farto e impaciente.

Abro a porta do escritório de Christopher, vendo-o me olhar de uma forma diferente, uma forma que eu conhecia bem.

— Bom dia, Kastiel — sorriu falsamente. Não retribuí, apenas semicerrei os olhos enquanto fechava a porta atrás de mim.

— Bom dia só se for para você. Não venha com esse olhar de falsa simpatia e diga logo para que mandou me chamar — sou direto, sentando-me de frente para ele.

Ele respirou fundo, expelindo o ar de forma impaciente.

— Já que insiste em que eu seja direto, então... — inclinou a cabeça para o lado, olhando para mim — houve um relato de uma pessoa da equipe, alegando que você e Petrov estão passando a se dar bem, ou estou errado?

Franzi o cenho, apertando os dentes.

— Como assim?

— Rachel me contou que pegou vocês no flagra, ontem em Dubai, em cima de uma cama, em um momento íntimo, e o resto você sabe — ao ouvir aquilo, relaxei minha expressão e soltei uma risada sarcástica. Ele me olhou confuso.

— Rachel não sabe de porra nenhuma — é a única coisa que respondo.

— Então me responda, o que vocês dois faziam naquele quarto enquanto ela rebolava no seu colo como uma puta?

Seu olhar se tornou assustado ao ouvir meu pulso bater com força na mesa, devido às suas palavras.

— Meça suas palavras, Christopher — advirto entre dentes — Cuidado com o que fala, ou pode acabar com a cabeça no topo do edifício da NSA.

— Isso é uma ameaça? — questionou hesitante.

— Claro que não, mas essas coincidências podem acontecer — meu sorriso ladino foi o suficiente para ele se mexer inquieto na cadeira.

— Meça as suas, se não quiser voltar para trás das grades de novo, ou esqueceu que é de lá que você veio? — questionou com um olhar repreendedor — A sua pena é prisão perpétua pelos crimes bárbaros que cometeu, você está solto para nos obedecer, então apenas faça, sem hesitar.

Revirei os olhos, rindo novamente.

— Essas ameaças estão tão repetitivas, você acha mesmo que me meter naquele buraco de novo é ameaçador para mim?

— E quanto à Nadine? Você não quer que ela sofra os castigos da NSA, não é? — questionou com uma expressão debochada no rosto.

— Ela não tem nada a ver comigo.

Ele riu, passando a mão no rosto.

— Fique longe dela, Kaltain. É para isso que você está aqui hoje, nesta sala. Mantenha apenas o profissionalismo. Aja com ela apenas como um profissional, afinal é apenas por trabalho que ela está aqui.

Soltei uma risada nasal, olhando para ele.

— Acha que estou comendo a policial mais queridinha da NSA? — ri sarcasticamente — E mesmo se estivesse, não há regras que impeçam isso, certo?

— Pois agora tem. Fique longe dela, é para o bem dela mesma. Você aguenta os castigos, mas ela não aguentaria... — travei o maxilar no mesmo instante ao ouvir aquilo.

— Por que isso? — perguntei, tentando manter a calma, mas estava difícil.

— Apenas obedeça, Rachel ficará de olho para mim. Se o seu ódio por ela acabou, então torne a odiá-la novamente a partir de hoje.

𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐈𝐅𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora