Casamento

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Era quinta-feira e eu tinha acabado de chegar depois da minha aula

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Era quinta-feira e eu tinha acabado de chegar depois da minha aula.

– Ei, mana! O que foi?

— Eu estou com saudade de alguém.

— Se você sente saudades de alguém, ligue.

Ele piscou para mim e foi para a sacada beber café.

Ele tem razão! Pela primeira vez na vida dele, ele está certo! Eu devia ligar pro Bento e ver o que ele tem feito!

Com as mãos tremendo, eu disquei um dos poucos números que tinha nos meus contatos, esperando ouvir uma voz familiar na outra ponta.

Era uma voz familiar, mas não a que eu esperava ouvir.

"A pessoa pra quem ligou não está disponível no momento. Por favor, tente novamente."

Eu desliguei e quase comecei a chorar.

O que você está escondendo, Bento?

Naquele momento, a porta da casa abriu repentinamente, e uma pequena multidão entrou. Wilson, Virgílio e Gina estavam de pé na nossa sala de estar, sorrindo.

— Nós viemos ver como você está, Sra. Carvalho.

Virgílio fala.

— Espere... Gina, você ainda está trabalhando pros Maciel?

Gina riu e afastou um fio do seu cabelo selvagem.

— Ei, garota, minha última tarefa desse ano acabou, e eu gosto daqui, Pendleton, longe de tudo. E os rapazes são ótimos chefes, então pensei - por que não?!

Eu fui pulando até ela e lhe dei um abraço forte. Eu estava genuinamente feliz de ter uma companhia feminina ao meu lado.

— São ótimas notícias, Gina!

Os gêmeos compartilharam um olhar e Virgílio limpou a garganta.

— Na verdade, Sra. Carvalho, nós viemos sugerir algo para você. — Virgílio toma a vez. — Um bom amigo meu de escola vai se casar nesse fim de semana, e ele convidou nós todos pro casamento. Agora, mamãe e papai não podem ir, porque tem que trabalhar no rancho, e eles tem que cuidar do Zeca, que tem que ficar aqui e estudar. Então pensei que você, a senhorita Gina e o Sam pudessem ir com agente...

— Depois de anos de isolamento, quero viver a vida ao máximo!

— Tem certeza que é inteligente, mana? Com o Fred por aí...

— Ei, magrelo! Nada vai acontecer com ela conosco por perto!

Wilson diz.

— Nós vamos te manter segura. Prometemos isso muito tempo atrás. O casamento é em São Francisco.

— Bom, eu nunca fui pra lá!

(...)

Depois de um voo noturno exaustivo, chegamos em São Francisco. Ficamos num hotel aconchegante perto do píer, chamado O Astronauta.

Gina e eu pegamos um quarto com cama dupla, os meninos se apertaram num quarto pequeno com uma cama e sofá, e o pobre Sam foi escolhido pra dormir nele.

— Estou tão cansada, Gina!!!

— Eu também.

Nós rimos juntas. Eu estava genuinamente feliz de ter uma amiga mulher, algo que nunca tive enquanto crescia.

Mesmo que essa amiga fosse uma investigadora contratada pra me encontrar... Houve uma batida na porta e Gina foi atender.

— Gina, amor! Você vai nos matar!

Wilson diz.

— Onde está o Sam?

Gina pergunta.

— Logo atrás desses dois...

Eu ri da pequena figura do meu irmão ao lado daquelas duas montanhas.

(...)

Depois de um curto trajeto de táxi, chegamos no lindo casamento na praia. Quase imediatamente, um rapaz franzino e uma moça de vestido de casamento se aproximaram de nós, com grandes sorrisos.

— Virgílio! Wilson! Que bom que conseguiram vir!

— Ei, Mateus! A quanto tempo!

Virgílio diz.

— Essa é a minha linda noiva, Débora.

— Olá, pessoal! Que bom que todos puderam vir! — Ela apertou a mão dos rapazes, abraçou Gina e foi me abraçar. Parecia que todo mundo nesse mundo era relaxado, menos eu. — Nós estamos felizes de ter vocês como nossos convidados.

Com um sorriso no rosto, Débora nos levou para a mesa e voltou para Mateus.

A cerimônia começou e o casal feliz parou na frente do padre. Os dois disseram "SIM", sorriram, trocaram votos.

Quarto do hotel.

— E então, a Stephanie disse: "Sim, Luan, eu me mudo pro México com você! Eu definitivamente perdi o juízo..."

— Espere, o que você e o Sam estavam fazendo na praia, afinal — Gina riu, embriagada, cobrindo a boca com sua mão. — Gina! Você tem algo com o meu irmão?!

— Não! Talvez! Se eu mentir, que um trovão caia na minha cabeça!

— Você quer dizer um raio?

— Relaxe, Flora! Não vou magoar o seu irmãozinho! De qualquer jeito, ele não é um bebê, se é que você me entende!

Tendo dito isso, ela saiu e eu ouvi um barulho alto na porta ao lado, e a voz aguda dela ecoando pelo corredor.

No dia seguinte, em Pendleton

— Aqui está, senhor Fred. Flora Carvalho mora aqui.

— Obrigada, Sra. Hoffman. Você foi de muita ajuda.

— É senhorita. E, por favor, me chame de Daniela.

— Finalmente eu te encontrei, Clara. E vou fazer qualquer coisa pra que seja minha agora!

 E vou fazer qualquer coisa pra que seja minha agora!

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Meu Cowboy (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora