Capítulo IX - COMPANY

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Podemos fazer
Fazer companhia um pro outro ?
Oh , talvez possamos ser
Ser a companhia um do outro

                                                   COMPANY - JB

| Companhia.

Eu e o Jun tivemos um comecinho de manhã bastante agradável e digamos que peculiar também, definitivamente não estava esperando lhe ver de novo e muito menos ter sua presença cedinho na cafeteria em que trabalho, ainda mais depois de custarmos nos despedir durante a madrugada.

Preso no seu sorriso, no seu abraço e no calor dos seus beijos. Se tornou um pouco difícil ter que retornar a realidade. Mas, ambos possuíam suas rotinas e obrigações, claramente estava passando do horário de retornar a elas.

Só que surpreendente, ele me fez essa surpresa e tive a oportunidade de desfrutar mais de sua companhia — Tão gostosa, quente e que causa tantos rebuliços em meu estômago.

Tomamos café juntos em meio a brincadeiras, conversas fiadas e risadas para todos os lados. Uma forma completamente inusitada de trocar ideias e nos conhecermos melhor.

Ele me contou que não era natural da Coreia, mas que sua mãe era coreana, que tinha nascido e crescido no México e eu estranhamente fiquei instigado com isso, já que ele apresenta muitos traços coreanos e é totalmente familiarizado com nossa cultura. Sinceramente nunca desconfiaria que ele não era daqui, se ele não tivesse me contado.

Foi então que no minuto em que ele começou a gesticular sobre esse assunto, percebi o quão sua expressão havia mudado — Uma escuridão tomava conta do seu olhar e algo ainda mais profundo tentava se dissipar, só que naquele momento em questão não soube reconhecer que sentimento era esse.

Parecia ser doloroso ...

Não sei em que parte da nossa conversa chegamos a esse tópico, no entanto, um estranho desconforto subiu em meu peito e uma vontade imensa de abraçar - lo se fez presente.

Foi quando contornei a mesa no lugar que estava e sentei ao seu lado, o seu olhar pesou sobre o meu  — Seus olhos grandes estavam arregalados e precisos em mim, sua boca fez um gesto inesperado de espanto. Entretanto, aproveitei o pinguinho de coragem que estava em mim, esqueci momentaneamente das reações do seu corpo naquela ocasião e simplesmente me lancei sobre ele.

Meus braços se fixaram em seu pescoço e levemente o puxei para mim — lhe abraçando com força, com determinação e com sinceridade.

Seu corpo paralisou e sua respiração só foi suavizando a medida que acariciava suas costas com uma das minhas mãos — tentando lhe dá o conforto necessário.

Provavelmente, ele não seja acostumado com demonstrações de afeto e ainda mais de maneira espontânea e inesperada.

Apesar disso, Jungkook não se afastou em nenhum instante sequer, pelo contrário, seu corpo foi se encaixando sobre o meu e estávamos atados a esse momento, como um nó que jamais poderia ser desfeito diante da sua firmeza e rigidez — Somente nós dois e eu precisava que ele soubesse que independente do que fosse,

Eu estava aqui e não iria para nenhum outro lugar.

Não sei explicar exatamente com palavras concretas o motivo dessa minha atitude e se tentasse é provável que saísse somente pequenos arranjos silábicos e desconexos da minha boca.

Amor de Fim de Noite PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora