Magic And Mystery - {Dazai x HP} - Coil

Capítulo 32: Fim da Linha

Não há mais pontas soltas.

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O sonho de Dazai foi doce, suave e longo. Era raro ele dormir tanto ininterruptamente, exceto quando estava à beira da morte induzida por insônia ou profundamente sedado no consultório de Mori. Ambos aconteceram com uma frequência mais comum do que Dazai suspeitava que o resto da população experimentava. Mas ainda não é frequente o suficiente para que Dazai se sinta realmente bem descansado.

Compreensivelmente, Dazai acordou nervoso. Ele tinha um ouvido atento a Mori, o outro ao pai. A semiconsciência não poderia roubar sua paranóia. E embora estivesse doendo até a ponta dos dedos, ele estendeu a mão para pegar uma faca. Uma cobra prestes a atacar.

A luz suave fez cócegas em sua pálpebra.

Ah, Dazai lembrou lentamente. Estou em Hogwarts.

Ele abriu o olho, enrugado por um longo sono, e piscou turvamente para o teto da enfermaria. 

Quente, macio e de linho. Nada parecido com o escritório de placas de cimento de Mori. Ainda devia ser madrugada, pensou Dazai, porque a única luz que filtrava pela enfermaria entrava fraca por uma janela. Uma tocha suspensa estava acesa, mas apenas fracamente. Dazai achava que nunca tinha visto uma chama fraca antes, mas a magia era tão estranha que ele nem se preocupou em questioná-la. A atmosfera calorosa quase fez Dazai voltar a dormir, mas agora que ele estava acordado, ele não conseguia se livrar da sensação incômoda de que precisava se levantar. Fazendo algo.

Sentindo-se tonto, Dazai começou a se levantar. Este foi um erro instantâneo.

Uma dor dolorosa e ardente percorreu todo o seu corpo, ressoando como uma agonia aguda em sua cabeça. No Longer Human – quando foi a última vez que ele sobrecarregou tanto o No Longer Human? Dazai se lembrava vagamente de ter matado o troll da montanha – matando Quirrell – e não conseguia decidir de uma forma ou de outra qual era o pior momento. Todos eles eram péssimos. Tudo era uma droga. Ele soltou um gemido lamentável e caiu de volta na cama.

"Não se esforce, pirralho."

Dazai se levantou imediatamente.

"Deite-se", disse Snape, com as sobrancelhas franzidas em algum lugar entre aborrecimento e preocupação, e pressionou a mão no peito de Dazai. Ele empurrou levemente até que a cabeça 

de Dazai pousou de volta no travesseiro.

Dazai tentou não deixar seu suspiro de alívio muito óbvio. "O que é..." ele pigarreou, "o que você está fazendo aqui?"

O que estou fazendo aqui? ele quase perguntou. Porque se Dazai fosse totalmente honesto, ele não se lembrava de ter ido à enfermaria. Na verdade, ele não se lembrava de muita coisa depois do basilisco. Quando ele realmente coçou o cérebro por causa disso - o que ele não queria fazer, porque sua cabeça doía muito - ele apenas desenhou imagens borradas do Loyalty Club, Lockhart e alguns outros funcionários que Dazai estava atualmente ignorando. Mas ele dificilmente admitiria nada disso.

Snape lançou um olhar pesado e examinador sobre ele. A mão que ainda estava no peito de Dazai moveu-se para seu pulso e pressionou o ponto de pulsação por vários momentos. Dazai se forçou a se acalmar – desejou que seu batimento cardíaco de coelho diminuísse um pouco. 

Snape não disse nada, apenas moveu sua inspeção para cima do braço de Dazai. Sua mão roçou um curativo novo ali. Dazai se acalmou imediatamente, mas Snape parecia apenas estar dando uma olhada. Ele não demorou mais que um segundo. Em pouco tempo, ele foi até a testa de Dazai.