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Naruto entrou as pressas na clínica de autópsia e se dirigiu até a vítima completamente sem vida. Em seguida ele puxou o lençol e começou a analisar o corpo em busca do que tanto o atormentava.

- Aqui - o funcionário virou um pouco o corpo da senhora, revelando uma sequência de números cortados em sua pele e manchas de sangue quase limpas em volta.

- Puta merda - ele murmura incrédulo, rapidamente tirando uma foto daquilo.

- Ela vai para a funerária amanhã cedo, foi apenas isso que encontramos, a causa da morte foi esfaqueamento, apenas um golpe em um ponto vital aqui - ele aponta para região central do peito, onde havia um corte profundo - aparentemente não houve luta.

- Não encontramos a arma do crime.

O Uzumaki suspira irritado enquanto o mais novo cobre o cadáver novamente. Em seguida, segue pensativo e ansioso para sua casa, já sabia exatamente o que fazer com aquele número e não gostava nada disso.

Ele abriu a porta e correu em direção ao escritório, mas Gaara o impediu segurando em seu pulso.

- Até que enfim você chegou - ele sorri maliciosamente, imprensando Naruto na parede e seguindo para seu pescoço.

- Agora não - o loiro se esquiva e o empurra no ombro.

No entanto, assim que tenta sair é puxado novamente. Naruto revirou os olhos, era apenas mais um dia de muitos outros em que coisas assim aconteciam. Seu namorado exagerava na carência e no ciúmes as vezes.

De início, o Uzumaki sentia que era por sua culpa, sempre soube que dava valor demais ao trabalho e muitas vezes acabava até obcecado e sem dormir. Ele tentou parar e ouvir Gaara, mas chegou um momento que não aguentava mais aquilo, seu trabalho é sua vida.

E ambos nunca chegaram num consenso de quem estava certo. Agora, o ruivo estava sério o olhando.

- Você passa o dia inteiro fora, nem diz nada quando chega e é assim que me trata?

- Se você arrumasse um emprego, não sentiria tanto a minha falta - ele alfineta, sem paciência.

Um segundo de surpresa passa pelos olhos de Gaara, mas logo é substituído por raiva, ele solta o namorado com agressividade.

- Vai se enfiar naquele quarto de novo, não vai?

Naruto bufa sem responder e volta a seguir seu caminho. Ele tranca a porta para garantir que não seria interrompido, estava tão atônito que nada mais importava naquele momento. Depois me resolvo com ele, pensou.

O rapaz se sentou em sua cadeira e não demorou em discar o número fotografado. Três toque depois e a ligação foi iniciada.

Sasuke entrou em seu trailer completamente escuro e acendeu as luzes, pendurou o casaco marrom no cabideiro e se sentou em frente a penteadeira, precisava se maquiar.

Primeiro limpou sua pele e em seguida passou tinta branca por todo rosto e pescoço, ao fundo tocava suas músicas favoritas e assim, lentamente fez todo o trabalho de desenhar uma caveira em si mesmo com tinta preta, deixando o mais sombria possível. Achava terapêutica essa parte do seu dia.

Antes de terminar, ouviu seu celular de botão que comprou especialmente para falar com Naruto, tocar. Ele atendeu e deixou no viva voz em cima da mesinha para acabar de se pintar.

- Está aí, maldito?

- Que falta de educação - o moreno reclama olhando a si mesmo através do espelho - eu tenho nome.

- Me conte qual é, quem sabe eu passe a usá-lo.

- Pode me chamar de... - ele olhou ao seu redor pensativo, não tinha pensado em um codinome ainda, nem sabia se deveria ter um, mas era bom ser chamado de algo alémde xingamentos.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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Two faced - sasunaruOnde histórias criam vida. Descubra agora