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Como eu poderia ser amado sendo assim? horrível, um monstro, uma besta... eu me odeio por essa deformidade, na verdade a repulsa das pessoas por mim se tornou minha auto aversão, tudo isso antes dela... antes de conhecer ela... minha, pra sempre...
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2009 PRESENTE
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Eu ainda estava na cafeteira com Peter, minhas esperanças aumentavam a cada detalhe que ele falava do seu plano de me livrar do seu irmão. Fiquei pensando em como seria difícil ter que deixar meu pai e me afastar de minha mãe.
O sino da cafeteira soou.
Um senhor aparentemente velho e que parecia morador de rua se sentou a nossa frente. Não pude deixar de notar sua presença, ele usava trapos velhos e sua pele estava manchada de sujeira. Fiquei com pena quando alguns funcionários madaram ele se retirar, porém ele tirou dinheiro do bolso e pediu um bolo. Não um pedaço, um bolo inteiro. Com certeza alguém de bom coração deve ter lhe dado dinheiro.
Voltei a superfície com a voz de Peter.
-Na sua festa de casamento, diga a William que vai pegar uma surpresa que você fez pra ele e se afaste. -Disse Peter.
-Que tipo de surpresa? -Eu questionei.
-Isso é só um subterfúgio, acho que se você se afastar repetidamente e sem motivos, ele terá mais desconfiança. Além disso quero que o trate muito bem até o dia do seu casamento, dessa forma ele não terá motivos pra suspeitar antes de você fugir. -Peter falou.
Eu respirei fundo.
-Sei que o que peço é difícil, mas confie em mim. -Falou Peter.
- ...Tudo bem, prometo me esforçar. Hoje a noite William quer sair comigo, então vou colocar nosso plano em prática. -Eu disse.
Pude ver um pouco de receio em seus olhos por alguns segundos.
-Tá, então... combinado. -Ele falou.
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