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                         Lilly

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                         Lilly


Nos últimos dias algumas coisas começaram a mudar, Aiden começou a ficar em casa todos os dias  para ter certeza de que estava bem.


Iza também não era a mesma quando voltei para o colégio, ela não era mais a menina alegre e doce e sim alguém angustiada.

  -Sério Lilly, eu conto tudo da minha vida a você e você não consegue se abrir comigo!

-Eu tenho um noivo! Ela apenas me diz angustiada com os olhos lacrimejando.

-Como assim noivo? Você nem namorava, de onde saiu isso ?

Na noite do baile depois que nos separamos, ouvi meu pai conversando com um senhor em um corredor, eles estavam finalizando um acordo.

-Espera, seu pai quer te casar com velho? Isso não vai acontecer, vou contar a Aiden sobre isso.


- Não sei quem ele é, o homem com quem ele falava era apenas um auxiliar ou alguém que o ajudava. Atualmente ele não está no país.


-Lili, eu não quero me casar, meu pai me prometeu que eu poderia levar uma vida normal. Estou pensando em sair da cidade.


- Não posso deixar você fazer isso, com certeza encontraremos uma solução. E onde você vai morar?


-Tenho uma tia distante  da família da minha mãe, estou pensando em ficar  um tempo com ela até eu saber o que fazer.


- Então eu vou junto!


- Não, Lilly, já vai ter muita gente me procurando.  Não quero os Fox atrás de mim também.


-Eu  não vou te abandonar, irei aonde você for. E lembre-se, eu sou apenas um pagamento.
Nossa conversa termina quando Austin vem em nossa direção com seus amigos.


- Você não deveria estar na sua aula, mocinha? Me pergunto beijando minha testa, ouço um barulho de porta batendo atrás dele e vejo Sofia nos olhando com raiva.


Durante as últimas semanas ela sempre tentou se aproximar dele, todos os dias eu o via ignorar as ligações e mensagens de texto. Austin era esnobe com ela, eu realmente não gostava do jeito dele com os outros.
Depois de nos despedirmos, Iza e eu fomos direto para o nossa aula e passei o resto do dia tentando convencer ela a me deixar fugir junto.





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-Tem certeza  Lilly, você já tem problemas suficientes.


- Sim, não vou te deixar, estamos juntas, aconteça o que acontecer.


Iza e eu estávamos com as mochilas cheias com tudo  o que precisávamos, quando chegamos na escola esperei Adam ir até a diretoria e falei para Austin que iria ajudar Iza que estava com cólicas no banheiro.  Me despedi  e segui pelo corredor, entrei no banheiro só para despistalo e esperei alguns segundos e fui à porta de saída encontrar  Iza que  me esperava lá fora.




Eu e Luiza  pegamos um táxi até a rodoviária, sem saber se já estávamos sendo observadas, compramos passagens para dois lugares diferentes para eles não saberem em qual ônibus poderíamos pegar e assim termos tempo.




Embarcamos no ônibus e continuamos nossa viagem tranquilamente. A tia de Luiza não sabia que estávamos a caminho, então o pior que poderia acontecer era bater  a porta na nossa cara.Três horas e meia  depois chegamos ao nosso destino.



Era uma cidade extremamente pequena e tranquila, com muito esforço conseguimos chama um táxi e Iza dá o endereço da tia, entramos no banco de trás do carro e  o motorista nos flagra olhando pelo  retrovisor.


-Então, o que traz as duas à nossa  cidade? Ele nos pergunta.


- Visita familiares.  Iza disse brevemente.


Olhei para Iza e senti que o motorista estava desconfiado, não havíamos tirado o uniforme escolar, ele poderia facilmente ter nos levado diretamente à polícia ou denunciado a nós.
Mas conseguimos seguir em frente em silêncio quando percebi que o carro estava virando em uma estrada de cascalho, o movimento do carro indicava que estávamos em uma estrada esburacada.
   -Sua tia mora na zona rural? sussurro para Iza

-Ah, que eu saiba não! Ela responde suavemente.

- Senhor, sinto muito, mas acho que estamos no caminho errado! diz Iza 

- Não se preocupe, estou apenas pegando um atalho. Ele responde e nós duas e continuamos em silêncio.

Seguimos pela estrada de terra até notarmos um farol atrás de nós, o motorista tenta acelerar discretamente ao perceber que  o carro provavelmente está nos seguindo,ele para o carro com a intenção de deixar o carro da frente passar, Iza e eu  olhamos uma para a outra.

  - Que diabos? Iza sussurra em meu ouvido.

- Não sei, será que já descobriram nossa fuga? Respondo enquanto olho pela janela e vejo um homem caminhando em direção ao nosso táxi.


- Eles não vão nos encontrar tão cedo! Iza diz




-Boa noite, em que posso te ajudar? » pergunta o motorista.


Ele apenas saca uma arma e atira na cabeça do motorista, fazendo com que o sangue espirre em nossos rostos, Iza e eu gritamos de medo.


- CORRE ! Eu gritei a ela.

- O que a gente faz??

- Corra rápido, Luiza. Iza abre a porta do passageiro e sai, sigo o mesmo caminho e entramos em uma floresta no meio da escuridão correndo sem rumo, deixando tudo para trás.  Ao longe ouço o som de uma arma, o que nos faz correr ainda mais rápido.


-Lilly, não aguento mais! - disse ela, colocando as mãos nos joelhos, ofegante.

-Estou cansada também, mas temos que continuar, temos que encontrar um lugar para passar a noite e amanhã tentaremos ir até a cidade encontrar sua tia.


-Onde vamos encontrar um lugar no meio do nada, estamos literalmente no meio da floresta e no escuro.

Começamos a caminhar pela floresta, o único som que ouvíamos eram os nossos passos e os brilhos ao nosso redor, tudo ia  bem até que ouvimos um barulho não muito longe.


- Que barulho é esse? Eu perguntei assustada.

- Não sei, Lilly, mas não precisamos ficar aqui para descobrir. Iza me puxa e aceleramos os passos ao ouvir o barulho que se aproxima e que nos faz andar mais rápido.


Depois de caminhar muito tempo sem rumo, Iza viu o que parecia ser uma casinha e corremos em direção a ela. Quando nos aproximamos, havia uma casa de madeira que estava completamente destruída, mas pelo menos era possível passar a noite. Sentamos no chão e eu finalmente adormeci, a luz do sol batendo em meus olhos me acordou.

- Iza, acorde! Eu disse dando-lhe um leve tapinha no braço.

- Ah, estou morrendo de sono. Ela disse esfregando os olhos.

-Lilly, obrigada por  me ajudar, ninguém nunca  se importou tanto comigo. Ela me abraça suavemente

-Desde o primeiro dia você sempre me ajudou, você é o melhor amigo que eu poderia ter.


Levantamos e tivemos a ideia de tentar voltar para onde nosso táxi havia parado, pelo menos na esperança de encontrar nossas malas, assim que abrimos a porta, ficamos cara a cara com um homem que nunca tínhamos visto.
Ele tinha cabelos longos presos em um coque com as laterais raspadas.


-Você terá que fazer muito mais se pensar em fugir de mim, Luiza! ele diz e Iza e eu permanecemos imóveis.

Em menos de alguns segundos, Iza sai correndo pela porta dos fundos, eu a sigo e o ouço  vindo atrás de nós.


-Vocês duas sabem que não irão muito longe, vamos dar uma pequena vantagem. ele grita de dentro de casa.


Quando estamos na floresta, percebo que ele não está sozinho, mas com Aiden, Aaron, Adam e Austin, começo a correr freneticamente pela floresta.


-Droga Lilly, obrigado por  me fazer te seguir de novo.
Aiden grita nervosamente.


Corro o máximo que posso para despistá-los porém eles corriam muito rápido, só então vejo que tinha perdido Iza de vista e então começo a procurá-la até que a encontro caída dentro de um buraco.





- Merda, merda!! Fique calma, vou tentar tirar você daí, deitei no chão para tentar pegar Iza mas não consigo alcançar, quando tento novamente perco o equilíbrio e caio em cima dela.

- Era tudo o que faltava!  Ela diz

- Vamos tentar subir, quem sabe conseguimos.


-Não Lilly,  não posso torci a perna quando cai aqui embaixo.

- Me desculpe Lilly, está tudo bem, é tudo culpa minha.


- Ei, calma, vamos dar um jeito de sair, ok.

Dança das sombras (Harém reverso)Onde histórias criam vida. Descubra agora