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Como eu poderia ser amado sendo assim? horrível, um monstro, uma besta... eu me odeio por essa deformidade, na verdade a repulsa das pessoas por mim se tornou minha auto aversão, tudo isso antes dela... antes de conhecer ela... minha, pra sempre...
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PRESENTE 2009
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Seria amanhã, eu ficaria oficialmente e religiosamente casada com William. Depois da pequena comemoração do nosso casamento, eu fui pra casa junto com meu pai, eu queria aproveitar mais meu tempo com ele, afinal eu não saberia se William me manteria em cárcere privado. Devido sua personalidade eu não duvidava.
Cheguei em casa e tirei aquele vestido que me apertava e me sufocava. Entrei no banheiro pra tentar relaxar um pouco, lembrei de William ter me dado permissão pra escolher dois pares de padrinhos. No cartório ambos padrinhos e madrinhas foram escolhidos por William, era alguns primos distantes dele que eu inclusive nem conhecia.
Pensei em convidar Cristina e Felipe, quer dizer se ela não estivesse chateada comigo por deixa-lá sozinha na balada. Terminei meu banho e vesti um robe me deitando na cama.
Liguei pro seu celular.
-Apareceu a margarida! -Disse Cris atendendo.
-Oi Cris. -Eu disse.
-Oi. -Ela falou meio fria.
-Antes de qualquer coisa, quero te pedir desculpas por sumir da festa sem explicação. -Pedi.
-Hmm, eu te liguei várias vezes e você nem me atendeu! Aconteceu alguma coisa? Fiquei preocupada. -Ela disse.
-Não, eu só fiquei meio sobrecarregada com meu casamento e não tive tempo de te retornar. -Eu falei.
-Entendi. -Ela disse.
-Os convites foram entregues, imagino que já tenha recebido. -Eu falei.
-Sim, eu recebi. -Ela confirmou.
-Bom, liguei pra saber... Você gostaria de ser minha madrinha de casamento? -Perguntei.
Um momento de silêncio.
-Cris? -Eu falei.
Tinha pensado que a ligação havia caído, até que ouvi sons de choro.
-SIM! UM MILHÃO DE VEZES SIM! -Ela disse com a voz enbargada.
