Dizem que uma história triste sempre começa com algo tenebroso, assustador e macabro.
Foi o que aconteceu com ela. Após o suposto massacre da família Clement, nossa querida personagem se tornou uma pessoa fria, sem amor e sem sonhos. Seus sonhos fo...
❝Não finja ser simpática comigo, conheço bem esse veneno que você tem.❞ ________________________________________
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— Medidas devem ser tomadas. Não podemos simplesmente concordar em fazer um acordo proposital com os inimigos.
O Coronel conselheiro diz, sua voz grave ecoando como um trovão. Eu detesto esse lugar, onde a sabedoria dos mais velhos é apenas uma fachada para a arrogância. Eles acreditam que suas vozes são as únicas que importam, mas isso não vai acontecer enquanto eu estiver aqui.
— Coronel, estamos perdendo vigias no lado leste. Os ladrões estão invadindo todos os compartimentos — Orion tenta argumentar, colocando os papéis sobre a mesa.
— NÃO INTERESSA! NÃO PRECISAMOS ALIAR A NENHUM TIPO DE GANGUE! — sua voz ressoa na sala, mas eu não me deixo intimidar. Bato minha mão na mesa com um estrondo.
— FALE BAIXO, CORONEL! ESTE NÃO É UM LUGAR PARA GRITARIA, MAS SIM PARA A CONSTRUÇÃO DE IDEIAS — minha voz é suave como seda, mas cortante como lâmina. Todos os olhares se voltam para mim. — Vamos ouvir o que cada um tem a dizer sobre isso.
Olho ao redor da sala; todos desviam o olhar. Matteo me encara com intensidade, como se eu tivesse cometido um erro grave. Mas eu sou quem estabelece as regras aqui. Sou a dama que deve manter tudo em ordem.
Deixo escapar um suspiro profundo e jogo os cabelos para trás, levantando-me da cadeira. Pego os folhetos sobre a mesa; o som da minha bota ecoa na sala silenciosa.
Dirijo-me à lousa e coloco os papéis prensados com precisão.
— Sei que a inquietação e o receio estão presentes devido às entregas atrasadas. Contudo, encontrarei uma solução.
— O que você sugere, dama? — pergunta o velho de cabelos brancos, sua voz carregada de ceticismo.
— Precisamos mudar as rotas dos cargueiros. A segurança é primordial, e não temos outra escolha senão negociar com chefes de gangues nas proximidades.
— E como podemos ter certeza de que eles não nos trairão? — Matteo questiona, com desdém em seu tom.
— É simples, Dom Matteo. Faremos um acordo de proteção com eles. Não sei se você está ciente, mas temos olheiros posicionados ao redor da cidade, e assim poderemos monitorar seus movimentos constantemente — digo, observando-o abaixar a cabeça em consideração.
Já não bastava a filha querendo se intrometer; agora ele também se atreve a abrir a boca. Eles não têm posse aqui e nunca terão. Contudo, se algum deles ousar se opor ou sabotar algo que me pertence, eu mesma não hesitarei em acabar com isso de maneira definitiva.
