Família Noolan

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Alguns dias se passaram desde a descoberta dos "talentos" de Harry. Muitos lobos passaram a vê-lo de forma diferente, como um mutante perigoso e destrutivo. Porém, ainda haviam os que continuavam seus amigos e que faziam piadas dizendo que, se algum dia ele lhes desse uma ordem alfa, com certeza o bateriam...

Nicolas continuava agindo de maneira estranha perto do mestiço e, por mais que lhe pedissem para liberá-lo da ordem alfa, ele se recusava, pois não queria vê-lo perto de sua amada Elena nunca mais.

Certo dia, Harry sente uma vontade sufocante de estar com Elena. Ele passara toda a manhã com a menina e até a levara para casa, mas, mesmo assim, seu imprinting o forçava a ir até ela. Já estava anoitecendo quando o mestiço se aproximou da casa dos Noolan, ele sabia que não seria muito bem-vindo, já que ainda não tinha sido oficialmente apresentado aos anfitriões, e, por isso, decide estacionar em outra rua, seguindo o restante do caminho a pé.

Somente o fato de estar perto dela, já o fazia feliz novamente.

Harry observa o ambiente por alguns instantes, notando que a porta que dava para a sacada estava aberta e que o cheiro embriagante que saia dele parecia chamá-lo como o canto de uma sereia. Ele se afasta alguns metros, tomando impulso e saltando em direção à sacada, segurando-a com ambas as mãos, sem ligar para o que os vizinhos poderiam pensar se o vissem.

― Elena – chama ele cautelosamente, procurando algum sinal de vida por ali. – Elena! – insisti.

― Santo Deus, Harry, o que você está fazendo? Está maluco? Se você cair quebrará um braço ou uma perna... Venha, suba logo! – Tenta puxá-lo, mas ele não se move.

― Não saio daqui até me dar um beijo!

― Pare de brincadeiras, suba logo.

― Ops! Acho que estou quase caindo – brinca ele, fazendo seus braços vacilarem.

― Está bem, mas segure firme.

Elena se debruça na sacada tentando alcançá-lo, mas era difícil, pois ele estava muito mais abaixo. Harry puxa seu corpo para cima, quase não sentindo o próprio peso corporal e alcança os lábios femininos ali mesmo, pendurado. E depois do beijo, Elena tenta içá-lo novamente, com medo de que caísse.

Harry se erguera praticamente sozinho, pois a humana não tinha força suficiente para isso, e, para ele, não era desafio nenhum escalar aquela sacada. Assim que sente seus pés firmes no chão novamente, o mestiço envolve a cintura de Elena, os aproximando, mas recebendo alguns empurrões como resultado.

― Estamos na sacada, Harry, o que as pessoas irão pensar ao vê-lo entrando aqui a essa hora? Venha para dentro. – Entra. – E cuidado com o degrau.

― Que deg...

Harry mal conseguira completar sua frase, pois logo sente seu pé esquerdo pisar no vazio e seu corpo tombar para frente, caindo por cima de Elena e levando-a ao chão junto a ele.

― Eu disse para tomar cuidado com o degrau.

― Desculpe, eu não o vi a tempo.

Elena estava presa pelo peso do corpo masculino. Seus rostos estavam próximos demais e ela podia sentir muito bem o calor que emanava dele, atravessando suas roupas tão finas e invadindo o seu próprio corpo. Harry se aproxima lentamente e logo eles estavam se beijando novamente.

― Elena, você está bem? – chama a Sra Noolan do lado de fora, fazendo os dois se levantarem no mesmo instante. – Que barulho foi esse?

― Droga, é a minha mãe, você precisa se esconder – sussurra desesperada.

Leah 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora