Muito Mais que Rejeição

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Charlie estaciona o carro em frente a casa e Leah logo corre em direção ao policial, com medo do que poderia ter acontecido já que não via o filho desde que voltaram para casa, ao raiar do dia. O velho Swan tenta acalmá-la e pede para entrar, pois uma longa conversa os aguardava e ele sentia que precisava estar ao lado de Harry.

O garoto é o primeiro a entrar na residência, encontrando o pai na sala, arrumando-se para sair.

― Aonde vai?

― Tenho que ir ao píer, meu período de afastamento está acabando e preciso resolver alguns papéis. – Passeia pela mente do filho, percebendo que havia algo errado. – O que aconteceu com você? Por que esteve no hospital?

― Se me der um minuto, Sr Clearwater, gostaria de conversar com toda a família... Sem exceções! – diz o policial, sendo o último a entrar na casa.

Lucian estreita os olhos preocupado, o que um policial de Forks tinha de tão importante para falar? O cherokee senta-se no sofá, ao lado de Leah, preferindo ouvir de sua própria boca em vez de roubar-lhe os pensamentos. Harry se lança no móvel vazio, mas o oficial de polícia fica em pé, para que pudesse olhar para todos com perfeição.

― Não sei se o senhor sabe...

― Lucian, pode me chamar somente de Lucian.

― Muito bem, Lucian, não sei se ficou sabendo, mas eu conheço o segredinho de vocês. Sobre serem lobos ou algo assim. – Enfia as mãos nos bolsos, esperando algum tipo de reação.

― Eu sabia, Leah me contou algo a respeito há muito tempo.

― Recentemente, fiquei sabendo sobre a tal magia, que faz com que cada um de vocês encontre sua companheira ideal. – Leah segura as mãos do marido fortemente. – Hoje encontrei Harry passando muito mal no estacionamento da escola, se não tivesse agido a tempo, ele poderia estar morto!

Leah sente um calafrio subir-lhe a espinha e arregala os olhos, exigindo mais explicações. Harry, porém, apenas ouvia, pois sua mente retornara para aquele momento de angústia.

― Ele não respirava, nem mesmo os médicos encontraram uma explicação aceitável para o acontecido. – Pausa. – Harry me contou que teve esta magia com uma menina.

― Sim, Elena! – confirma Lucian, mal percebendo que a mente do filho voltava a se lembrar dela somente por ouvir o seu nome.

― Ele foi rejeitado – diz Charlie, fazendo o casal se levantar no mesmo instante. – Elena o rejeitou ainda esta manhã, Harry me contou sobre a dor que sentem quando são rejeitados... Acredito que tenha sido isso a atacá-lo.

Lucian e Leah estavam em choque, olhando para Charlie como se ele fosse algum tipo de animal exótico, sem saber o que dizer. Um grito agoniado corta o silêncio repentinamente, atraindo a atenção de todos para o garoto que se contorcia no sofá.

Harry agarra fortemente sua camisa na região de seu coração, sentindo as cordas de seu imprinting apertá-lo fortemente por dentro. Outro grito agoniado salta de sua boca, mas quando tenta puxar ar novamente, sente as mesmas cordas travarem seu pescoço, o sufocando...

― Harry!!! – grita Lucian, correndo para o lado do filho.

― Está começando de novo! – grita Charlie. – Não está respirando, faça uma massagem cardíaca e obrigue seus pulmões a receberem ar!

Lucian obedece prontamente, iniciando o processo citado pelo policial. Harry se debatia, segurando seu pescoço e tentando arrancar inutilmente aquilo que o estava sufocando. Leah chama o nome de seu filho desesperadamente, querendo ajudar, mas não sabendo como, obrigando Charlie a segurá-la para que Lucian pudesse continuar com o procedimento, tamanha era a sua aflição.

Leah 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora