Ataque de Carlos Noolan - Parte I

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Uma semana se passou desde o retorno do alfa quileute e da inconveniente visita à casa dos Clearwater. Jacob e Leah não se falaram durante todo este período e, quando ousavam se olhar, era como se um raio caísse entre eles, deixando o ar pesado e um convite indireto a uma nova briga.

Lucian buscava entender o porquê de sua raiva, sentindo que havia um motivo a mais para toda aquela discórdia, mas o quileute havia adquirido certa habilidade em esconder seus pensamentos, devido à convivência com Edward, e não deixou escapar nada.

Os Cullens passavam seus dias pacificamente em seu lado do território, entretanto, a meia vampira andava a agir de maneira estranha desde que chegara a Forks, e isso era metade do motivo da raiva de Jacob, apesar de ninguém saber.

Harry e Elena passaram os dias sempre juntos, alegres e apaixonados, como se nunca tivessem se separado ou brigado. Algumas peças de roupas foram providenciadas para Elena e todos os dias o mestiço a levava e buscava da escola de Forks. Isso acabou acarretando certos problemas em suas aulas na reserva, pois sempre chegava absurdamente atrasado e recebia longos sermões de seus professores. Contudo, o que poderia fazer se Elena nunca cogitara a ideia de mudar de vez para a reserva?

― Lembra-se daquela noite, quando vim para cá? – começa Elena certa manhã. – Lembra do que eu lhe pedi? – Morde o lábio inferior.

Era sábado e ambos estavam assentados na mesa do café da manhã quando tal pergunta foi feita. Leah e Lucian falavam sobre as e economias da casa na privacidade de seu quarto, mas a caçadora parecia ter se esquecido de que eles podiam ouvi-la. Harry faz uma careta pensativa, lembrando-se que ela havia dito algo, mas não recordando às palavras exatas.

― Vagamente... Era algo sobre minha transformação, mas não me recordo muito bem – confessa.

― Posso conhecer sua outra metade? – pede novamente. – Digo, ver o... Lobisomem? – sussurra a última palavra, sentindo as mãos suarem.

― Está bem! – concorda ele, sorrindo de forma compreensiva. – Eu lhe mostro, essa é, com certeza, a minha melhor parte!

― Isso é novidade – comenta Lucian para Leah, ouvindo a conversa de ambos. – Vai passar a confiar nela depois dessa?

― Não – resmunga Leah, cruzando os braços como uma criança birrenta. – Nada é bom o suficiente para reconquistar minha confiança...

― Deixe de ser tão cabeça dura, Leah. – Agarra a cintura da esposa, encostando-a contra o armário e beijando sua testa.

― Ai que nojo! – sussurra Harry da cozinha, ao ouvir os estalinhos dos beijos de seus pais. – Vamos dar uma volta? – propõe à Elena, que aceita prontamente.

Harry segura as mãos da humana e a guia para fora da casa, ele estava realmente disposto a mostrar-lhe seu outro lado e podia sentir os tremores de Elena através de sua mão, entendendo a origem de seu medo, mas desejava que ela pudesse gostar de seu lado lupino tanto quanto gostava de seu lado humano. E, antes que eles pudessem adentrar definitivamente em meio às árvores, uma voz desesperada corta o silêncio daquela manhã de sábado.

― Não entre nesta floresta, Elena! – pede Lyssa, com uma pontada de histeria em sua voz.

― Mãe? – diz Elena para si mesma, correndo em direção à mulher que tanto amava.

Elena se atira nos braços da mãe, deixando algumas lágrimas caírem de seus olhos, tamanha era a saudade e a alegria de tê-la ali. Por alguns dias, ela realmente pensou que havia sido esquecida, afinal, por que sua mãe demoraria tanto para procurá-la?

― Estava com saudades! – sussurra contra o peito de sua mãe.

― Eu também, minha princesa, eu também! Passei muitas noites em claro, perguntando-se se estava bem e onde estaria – admite, desfazendo o abraço e segurando o rosto da menina com ambas as mãos. – Você parece tão bem aqui...

Leah 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora