Capítulo 38

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Já havia anoitecido. Despedi-me do Felek e voltei para dentro da pensão.

Passei pela sala as meninas estavam lá...

- Alabama?! - perguntei, pois vi ela sentada no sofá.

- Oi May. Minha mãe me deixou dormir aqui, para amanhã ir à festa da piscina com vocês.

- Que legal né? - Candy falou e fez uma cara muito sarcástica, segurei o riso.

- Que bom então. A gente arruma um colchão para você dormir no nosso quarto. - falei e Candy fez um cara tipo "você tá doida". - Quando você chegou?

- Faz alguns minutos. - ela respondeu e voltou a olhar para a TV.

- Eu estava lá no porão conversando com o Felek, não te vi chegando.

- Que bom que vocês se acertaram. - Alabama consentiu.

- Também fiquei feliz. - Ellen falou.

- Principalmente eu. - Candy falou e levantou a mão. - Causadora de discórdia alheia.

- Já passou amiga, de boa. - disse a ela.

Virginia cochilava encostada no sofá.

- Vou procurar a Cassandra pra ver se arrumo outro colchão. - sugeri.

- Vai lá, a gente te espera aqui. - Ellen concordou.

Para chegar ao quarto de Cassandra atravessei a sala e segui por um corredor extenso.

Chego próximo à porta do quarto e levanto a mão para bater na porta e desisto, ouço vozes vindas do quarto:

"Elas sabem?"

"Eu ainda não tenho certeza se são elas" - reconheço a voz da Cassandra.

"Mas você precisa. Está cada dia mais próximo"

"Preciso mesmo"

Bato a porta. Cassandra abre.

- Boa noite. Você precisa de alguma coisa? - estonteante como sempre.

- Preciso de mais um colchão para uma amiga que vai dormir aqui.

- Ela vai dormir aqui?

- Só por hoje Cassandra, prometo.

- Entendi. Tudo bem. Pode ficar tranquila que já providencio.

- Obrigado. - e eu não resistindo à curiosidade. - Com quem você falava?

- Você ouviu?

- Não. - respondi imediatamente. - Nadinha.

- Eu estava falando no celular.

- É que a voz me pareceu tão nítida.

- #ÉaTecnologiaBebê. - e fez hashtag com as mãos, rimos.

- Obrigado mais uma vez Cassandra.

- De nada querida.

Segui caminhando pelo corredor, ouvi a porta se fechando atrás de mim.

Voltei para a sala.

- Deu certo? - Candy me perguntou.

- Deu. Ela vai me trazer o colchão daqui a pouco.

- Viu Alabama, agora você não precisa dormir no porão mais. -Ellen caçou.

- Nossa, nem me fala, sou medrosa que doí.

- Bom saber. - Candy falou e deu uma risada maléfica.

- Não assusta ela não. - a defendi.

- Virginia capotou mesmo. - Aurea apontou para a mesma.

- Então. Vamos trollar com ela um pouco? - Candy sugeriu.

- Para! Não vamos fazer isso não. - falei.

- Só um bigodinho? Please. - Candy implorou.

- Busca o batom lá Aurea. - Ellen pediu e Aurea correu até as escadas para buscar no quarto.

- Vocês são demais. - Alabama falou.

- Você acha? - perguntei.

- Acho. Vocês tem um "click".

- O que seria um "click"? - Candy perguntou.

- Algo especial, sabe. - Alabama respondeu.

- Temos um "click" garotas. Gostei disso, dá até uma música. - Ellen falou e sorrimos em concordância.

- Oi Maíra.

- Pedro! - caminhei e lhe dei um abraço. - Não tenho te visto muito esses dias.

- Então. A facu tem me ocupado muito. E você está bem?

- Agora estou. E você?

- Estou bem também. Fiquei sabendo que você estava gravida.

- Nossa. Isso chegou até você?

- Meu irmão que me contou.

- Culpa dessa aqui. - apontei para a Candy que deu um sorriso sem graça.

- Fiquei sabendo dessa parte também. Meu irmão ficou até preocupado também e tudo.

- A gente conversou. - Candy falou. - Estamos de boa agora, e não estamos junto mais, que isso fique bem claro.

- Sim. - Pedro ficava mais sem graça com essa situação do que os próprios envolvidos.

- Senta aí Pedro.

- Eu vi buscar só um copo d'água mesmo.

Aurea chegou ofegante.

- Aqui o batom...


CINCO: o despertar (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora