4 - ATENA

82 5 3
                                    


 Norman acabou dormindo na sala de banho deitado no chão e enrolado em toalhas. Ele foi despertado por Apolo que foi tomar seu banho matinal.

 - Acorda garoto, acorda. 

- Hummm... 

- Bom dia. - disse o deus do sol - você dormiu aqui na sala de banhos, vá para o seu dormitório. 

- Bom dia. Por que você está pelado? Credo.

- Bom... eu vou tomar banho. Não conheço ninguém que tome banho de roupas. - explicou Apolo.

- É, mas a gente tira a roupa só quando vai entrar na água.

- Eu gosto de ficar nu. Algum problema ?

- Não. Nenhum.

Norman se levantou meio tonto e escorregou no chão. Apolo o ajudou a se levantar.

- Não encosta em mim. Você tá pelado.

- Não vejo problema algum.

- É? mas eu vejo. - disse Norman com um tom de irritação na voz.

 Apolo soltou uma risada discreta.  Norman foi correndo para seu dormitório/quarto enquanto Apolo tomava banho. Ele se vestiu e foi procurar Afrodite. Ela lhe deu seu café da manhã e ele foi andar um pouco pelo Olimpo, já que ninguém disse quando iria começar a segunda batalha. Ele passou no quarto para pegar um livro de suspense. Passou 47 minutos lendo deitado num Jardim repleto de flores laranjas e prateadas.

- É bonito, né?

- oi? Ah, você de novo.

Era Apolo novamente (ao menos não está pelado).

- Sim. Esse é o meu jardim e o da minha irmã, Ártemis. Por isso as flores são laranjas - disse Apolo apontando para ele próprio - e prateadas.

- É bem bonito. 

- Sem dúvida.

- Bom... eu vou indo, minha segunda batalha deve ser logo. - disse Norman apressado.

- Realmente. Vá.

 Norman saiu do jardim o mais rápido possível. Ele não gostava de ficar muito tempo perto de Apolo. Ele sempre tinha a sensação de que o deus do sol estava dando em cima dele. Ele foi para o salão principal falar com Zeus.

- Zeus. - chamou Norman

- Sim. - Respondeu o deus do olimpo.

- Quero saber quando vai ser a segunda batalha e contra qual deus será.

- Você confrontará as forças de Atena. Vá até a sala das armas, escolha o que usará e venha até aqui novamente.

 Norman foi até a sala das armas e escolheu um machado prateado com detalhes em ouro e uma adaga dourada. Ele voltou para o Salão principal.

- Pois bem. - disse Zeus

- Estou pronto. - Gritou Norman.

 E com um bater de palmas de Zeus mais uma vez Norman se viu na arena cor de areia que lembrava o coliseu. Norman olhou para sua mãe que falou algo, mas ele não ouviu e deduziu que eram mensagens encorajadoras. 

- Que comece a batalha. - disse Zeus.

 Os deuses estavam todos sentados nas arquibancadas da arena. Norman olhou para os lados e não viu Atena em lugar algum. Foi quando uma coruja Branca passou voando por sua cabeça e parou 20 metros na sua frente. A coruja o encarou por alguns segundos e de repente se transformou em Atena. Ela usava um vestido azul, um elmo com asas de coruja dos lados e tinha um escudo com duas cobras entrelaçadas no centro. 

- Preparado, filho do amor. - disse Atena

- Eu ganharei. - gritou Norman.

- Eu sou a deusa da estratégia em batalha.

- E? 

- Isso significa que eu sempre ganho.

- E eu sempre perco?

- Vamos ver.

A deusa da sabedoria bateu o pé no chão e ele se tornou preto e branco como um tabuleiro de xadrez. Atena levantou seu escudo e as duas cobras que nele estavam ganharam vida e ficaram com 12 metros cada. Elas foram deslizando em direção a Norman que sacou sua adaga dourada e arremessou na cabeça da primeira serpente que se tornou cinzas. A segunda estava ainda mais feroz que a primeira. Norman Ergueu seu machado e cortou a cabeça do bicho peçonhento. 

- Que isso seja ao menos um desafio para mim. Me sinto como o Brad Pitt em Troia.

Atena tirou quatro azeitonas de seu vestido e as jogou no chão. Elas deram origem a quatro monstros feitos de Oliveiras. Eram guerreiros feitos de madeira e folhas de oliveira. Eles correram empunhando bastões de madeira em direção de Norman. Norman bateu com o machado nos guerreiros que caíram facilmente.

- É só isso que pode fazer deusa da sabedoria - Gritou Norman rindo.

Atena abriu a boca e vomitou um liquido cinza. Ela passou a mão no liquido no chão xadrez e falou algo que Norman não conseguiu ouvir o que era. Atena se ergueu e o liquido se tornou uma coruja pequena que foi aumentando de tamanho. A coruja ficou gigantesca que Norman não conseguiu calcular a altura da ave.

- Eu tinha que abrir a boca. MERDAAAAA!- Gritou Norman, que saiu correndo desesperado do bicho.

A coruja bateu as asas e provocou um vento tão forte que Norman voou longe. Ele colocou o Machado nas costas, pegou a adaga que estava próximo dele no chão e correu para trás da ave. Ele agarrou as penas cinzas da coruja e escalou até a cabeça do bicho. A coruja levantou voo e Norman ficou assustado que quase caiu de cima dela. Ele tirou a adaga da cintura e cegou a ave. Ela pousou pois não conseguia enxergar nada. Aproveitando isso Norman puxou o machado de prata pulou da cabeça e com um golpe certeiro arrancou a asa esquerda da coruja. Ela não sangrava. Com a outra asa ela jogou Norman contra a parede e ele ficou meio zonzo. Depois de se recuperar ele correu gritando contra a coruja aleijada e meteu o machado no peito da ave. Ela piou ferozmente e caiu dura no chão. 

- AAAAHHHHHH!!!! 

Norman gritou vitorioso e desmaiou.

- O que houve?

Norman acordou.

- Mãe. Mãe. Mãe. - chamou Norman meio tonto.

- Filho, você ganhou. - disse Afrodite animada - A coruja gigante era o último ataque de Atena. 

- Aahh, que bom. 

 Norman comeu algumas frutas que Afrodite trouxera para ele.

- Acho que vou tomar um banho.

- Vá, mas não durma novamente na sala de banho. Apolo me contou que te encontrou lá de manhã.

- Ok. Não durmo lá.

 Norman foi para a sala de banho e encontrou Apolo no  caminho. 

- Parabéns Norman. Venceu a deusa da estratégia em batalha.

- Obrigado Apolo. - (Vá embora logo. Vá embora logo)

 Apolo foi embora e Norman seguiu seu caminho até a sala de banhos. Tomou um banho quente numa banheira de espumas douradas. Ele voltava para o seu quarto quando tropeçou em algo. Era um cajado preto com um corvo na ponta. 

- O que é essa porra?


CONTINUA...



Crônicas Olimpianas I : DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora