Capítulo 62

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O táxi da Ellen partiu.

Cassandra chegou até a rua apressada:

- Quem foi embora? – Cassandra perguntou.

- A Ellen... – falei tristemente.

- Por quê? Vocês precisam ficar juntos. Vocês são mais fortes juntas.

- Ela não aguentou toda essa responsabilidade, sendo que ela quase morreu. Não a julgo. – Candy opinou.

- Nem eu. – Aurea ainda estava abalada.

- Mesmo ela indo embora, vai chegar um dia que ela terá que voltar, ninguém foge do destino de ser uma Cinco, não tem como. – Cassandra falou, ela sabia das coisas.

Eu esperava que a Ellen voltasse. Eu também tinha os meus medos. Sendo que tinha pessoas que queriam o nosso mal, não é fácil. Só o que sei é que tínhamos que ficar juntas.

Estávamos entrando de volta na pensão quando um carro estacionou na entrada.

Viramo-nos para olhar. Alguém que eu não conhecia desceu do carro.

Um senhor. E uma mulher desceu atrás.

E logo em seguida a mulher ajudou um rapaz a descer de muleta.

Pedro?

- Pedro?! – gritei e corri abrindo o portão novamente.

O abracei forte.

- Não precisa me derrubar. – Pedro falou. A muleta quase caiu. – Passei pra falar que saí do hospital, vai que você ia me ver e eu não estava mais lá.

- E o Théo? – perguntei.

- Infelizmente o Théo ainda está de coma, mas está correndo tudo bem.

- Entendi. Que bom te ver. – falei, fiquei muito feliz que ele tenha saído. – Eu ia lá te ver hoje mesmo.

- Viu como eu prevejo as coisas. – rimos. As meninas se achegaram a nós. – O que vocês faziam aqui fora?

- A Ellen foi embora. – respondi.

- Mas por quê?

- Longa história. Qualquer dia te explico certinho.

- Beleza.

- E aí Pedro. Tudo bem? – Candy falou e estendeu a mão para cumprimenta-lo.

Ele estendeu a mão, apertando a.

- Estou bem Candy.

- Que bom que você saiu. E que está tudo bem. – Aurea falou.

- Minha mãe me deu o maior sermão sobre o carro. Que bom que o carro tem seguro. – essa parte ele sussurrou.

A mãe do Pedro tossiu.

- Essa é a Dona Carmem, e esse o meu pai, Paulo Polizar. – eles se aproximaram e nos cumprimentaram. Os cumprimentamos de volta. Dona Carmem era muito estilosa e bonita, e Sr. Paulo também era bonitão, era dele que venha o cabelo loiro dos filhos. – Eles alugaram uma casa e vou ficar com eles até eu melhorar da perna. – que ainda estava enfaixada. – Por que na pensão tem escadas e tals. E eles têm que cuidar do Théo também.

- Ouvir falar muito bem de você Maíra. - Carmem falou e minha cara queimou na mesma hora.

- Fico lisonjeada. – foi só o que eu consegui falar.

- Vamos embora Pedro. – o Sr. Paulo falou.

- Então vamos pai. Até mais meninas.

- Tchau Pedro. – falei.

E as meninas também se despediram.

- Prometo ir te ver. – falei.

- Acho bom. No hospital ninguém foi. – ele mal sabia o que havia revelado nesse tempo.

- Vou sim. Pode deixar.

- Tchau Dona Carmem. Tchau Sr. Paulo. – falei.

"Tchau" – eles responderam e ajudaram o Pedro a entrar no carro.

O carro arrancou e entramos na pensão.

Eu estava feliz que o Pedro havia saído e que estava tudo bem. E que ele se preocupara em vir avisar. O Pedro era um amigo e tanto, tenho um carinho muito grande por ele.



CINCO: o despertar (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora