Ⓔ04 Ⓒ02 ✖ ALF & BREE

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N/A: Capítulo super pequeno, mas é o Alf, gente, se eu escrever demais sobre ele eu fico doida!
Esse homem me dá medo.  :/
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A stripper à sua frente entretinha os olhos azulados de Schuller, rebolando ao som da música e o provocando quando esfregava os seus seios fartos ou a sua bunda roliça no rosto do cafetão. Alf se deliciava com a loira à sua frente, mas em sua mente ele via o rosto de Bree exibindo a sua típica cara de anjo, porém com um quê de safadeza que o excitava mais.

Pensar em Bree o fazia lembrar que os últimos quatro meses tinham sido longos para Alf, que tentava de tudo para conseguir domar a sua pequena ferinha selvagem, mas Luna – como agora era apelidada – parecia cada vez mais distante e repleta de ódio por ele.

Não importava se Schuller era meigo ou bruto com ela, sua simples presença enojava a jovem adolescente e quanto mais ele se fazia presente, mas ela endurecia e o repudiava.

A menina doce e angelical que ele conhecera se tornara uma incrível guerreira feroz e ainda assim Alf não conseguia deixar de admirar e gostar dela. Pelo contrário. Sua obsessão por Brigitte crescia cada dia mais, a fazendo passar pelas piores situações que alguém pudesse imaginar. Seja com tortura psicológica, física ou emocional.

Havia dias que ele batia nela a ponto de a fazer perder a consciência e passar dias internada na enfermaria. Havia outros que ele punia as amigas dela por puro prazer de ver a cara de pânico da sua amada. Ou então a trancafiava em seu quarto de sexo por dias e a fazia passar fome. Tudo para a ver implorar por misericórdia e por fim ceder aos caprichos de Alf.

Tinha vezes que ele não se dava a nenhum desses trabalhos e simplesmente a violentava das formas mais sórdidas possíveis.

Ou prendia as mãos e pernas dela, ou a drogava a ponto de a deixar inconsciente, paralisada ou tão grogue que sequer conseguisse se debater.

As preferidas de Alf eram as drogas paralisantes, pois era quando Bree estava desperta, olhando nos olhos dele, o vendo amar ela como nenhum outro amou, palavras dele. A outra alternativa que ele mais gostava eram as amarras, pois ele sempre pensava em sadomasoquismo e isso o deixava no auge da excitação.

Nas primeiras semanas aquilo era um martírio para Bree. A garota chorava, gritava e implorava para ele parar pensando e desejando o momento em que pudesse acordar daquele horrível pesadelo. Com o tempo ela percebeu que se se debatesse ele se divertia ainda mais e o excitava ter de contê-la, prendê-la e amordaçá-la, então ela simplesmente aprendeu a ficar em silêncio e séria. Como uma bonequinha, rezando internamente para que aquilo acabasse logo e ela pudesse ter alguma paz longe daquele demônio.

Havia momentos que ela tentava aprender a gostar, ela tentava aceitar que aquele era o seu destino, todos os dias em sua cela ela jurava a si mesma que iria tentar gostar de Alf e aceitar ser dele, mas sempre que olhava o rosto maldito daquele homem ela lembrava de tudo o que perdeu. Sua família, sua liberdade, sua inocência, sua alma... e tudo o que ela pensava quando lembrava disso, era em matar Alf.

Morrer também passou pela sua cabeça uma vez, mas bastou olhar suas companheiras e o quanto precisavam dela e Bree ganhou novas forças para continuar a viver, usando o seu ódio por Alf e todos os que estavam por trás daquele inferno como combustível.

O rosto de Bree se dissipou sob o olhar de Alf e no lugar estava o rosto da stripper que o tentava seduzir, sem nenhum êxito. O causador dessa desconcentração tinha sido o toque específico do seu celular descartável e quando Schuller alcançou o aparelho no bolso interno do seu paletó e viu quem o ligava, sua reação foi imediata.

Em um pulo ele se colocou de pé e se encaminhou para o local mais reservado do Moulin Rouge – que àquele horário ainda estava fechado e vazio de clientes – e atendeu a chamada com urgência e irritação.

Amsterdam [PT-BR] ▬ Versão WattpadOnde as histórias ganham vida. Descobre agora