Lágrima doce.

Capítulo 23 - O tempo passa...

Uma bela festa de boas vindas deu início, os pequenos novos moradores estavam se divertindo com a nova família, Rene deu apelidos para as três crianças, enquanto Shiroiama segurava Isabelle que insistia em tentar ajeitar os cabelos brancos do senhor, Nicolas estava com Yume e Lola, enquanto Felipe fazia perguntas para Pedro.

Depois do longo dia todos foram embora, Henry e Yume mostraram os quartos das crianças, eles colocaram os três para dormir e depois se sentaram na sala abraçados e felizes.

- Obrigado Yu! -dizia Henry o abraçando cada vez mais forte.

- Pelo que? -perguntou confuso.

- Você me deu amor, você fez com que eu me sentisse especial, eu te amo muito!

- Estou feliz por estar com você, que os próximos dias sejam como esse, cheio de alegria, paz e rodeado por pessoas que nos ama.

- Que assim seja, meu amor!

Aquele era um dos momentos mais feliz da vida deles, parecia que todos os problemas já vividos por eles tinham sumido, de agora em diante o garoto calado e sofrido do passado estava falante e feliz.

Os dias foram passando rapidamente, Nicolas e Felipe começaram a frequentar a escola, Yume levava os dois todo dia e ia para o hospital, enquanto Henry trabalhava em casa e vigiava Isabelle, junto a Lola que passou a viver junto com eles por não poder mais ficar sozinha, graças a saúde que não estava muito bem, como a casa era bem grande isso não foi problema. Nos finais de semana Yume e Henry adotaram o hábito de fazer passeios em família, as três crianças nunca imaginavam ter uma vida tão diferente da que viviam antes.

Após um ano da chegada dos pequenos, os pais de Yume morreram de causas naturais enquanto dormiam, ele ficou muito triste, mas logo as crianças, que já tinham ganhado o afeto dele e Henry, o ajudaram a se animar novamente, alguns dias após eles morrerem Yume começou a se confortar com a idéia de que eles estariam em algum lugar melhor.

Com o passar dos dias, as crianças estavam cada vez mais ligadas ao casal, principalmente Felipe, que passou a ter Yume e Henry como seus confidente, contava basicamente tudo, Isabelle ainda era bem nova, então cresceu já confiando nos dois e desde sempre os tratou como pais, Nicolas no começo apenas os cumprimentava, mas ao perceber que poderia confiar neles, mostrou seu lado doce e amigável, eles estavam felizes juntos, era uma família de verdade, com todos os defeitos e qualidades. Afinal uma família não se trata de ter um pai, uma mãe e filhos, é um grupo de pessoas que se amam e cuidam uns dos outros.

Oito belos anos se passaram, com algumas dificuldades e muitas alegrias, Nicolas estavam se preparando para fazer faculdade em outra cidade, o que deixava Henry e Yume preocupados por causa da distância, Nicolas se tornou um bom garoto, mas quando alguém o irritava ele era um pouco violento, o jovem ficou bem alto e bonito, quanto aos outros dois irmãos. Isabelle já era uma mocinha muito inteligente, bonita e super simpática, Felipe também, mas nos últimos meses ele parecia ter se fechado um pouco, ninguém sabia o motivo, já que ele não dizia. Yume e Henry amadureceram bastante, mantinham o mesmo amor um pelo outro e não se deixavam por nada.

Era terça de manhã, Nicolas já estavam na mesa com um livro na mão, estudando para as provas, Yume preparou o café de Lola, que estava debilitada no quarto sem poder se esforçar, depois Henry desceu e o ajudou a preparar o resto.

- Nicolas, pode estudar depois, agora é hora de comer. -Yume pegou o livro do rapaz e guardou na mochila.

- Desculpa pai, é que não quero perder tempo em nada. -enquanto ele falava, Isabelle e Felipe desceram.

- Bom dia! -disse a garota animada.

- Bom dia minha princesa! tudo bem Felipe? -perguntou Henry preocupado com a cara desanimado do rapaz.

- Eu estou bem, só um pouco cansado. -Felipe tentou melhorar a expressão.

- Posso conversar com você depois? -Yume mantinha a mesma serenidade de sempre.

- Claro, mas agora eu tenho que ir para a escola... -todos tomaram o café, Isabelle foi para a escola com Felipe, enquanto Nicolas foi para seu trabalho de meio período.

- O que acha que o Felipe tem? -Henry estava muito preocupado.

- Não sei ao certo, mas ele não vai esconder isso da gente por muito tempo.

- Tomara que você esteja certo.