Capítulo 26

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"ESSA OBRA PODE-SE ENCONTRAR ERROS E TALVEZ FRASES SEM SENTIDO, FORA DO CONTEXTO. ESTOU REPOSTANDO IGUAL FOI ESCRITA HÁ ANOS ATRÁS E SEM REVISÃO! ENTÃO NÃO RECLAMEM COM OS ERROS PRESENTES!"

CAPÍTULO 26

Olho surpresa e assustada para a mulher na minha frente. Ela abre um sorriso irônico e sei que não vou gostar de ouvir suas próximas palavras. Meu corpo trava e minha cabeça começa a latejar na hora. Vejo ela me avaliar de baixo pra cima e solta uma risada de desgosto.

- Olha só quem encontrei, depois de anos. Minha irmãzinha, Elise...

- Não sou sua irmã!

Falo depressa. Não é minha irmã, nunca foi e nunca será. Milena me olha com ironia e tenho vontade de sair correndo outra vez. Vejo ela limpar os dentes com a língua, uma mania feia dela e dar um sorriso falso. As vozes ao fundo foram todas esquecidas, só consigo ouvir suas alfinetadas.

- Ora Elise, e tudo que passamos, não foram nada pra você?

Nego com a cabeça. Não posso deixar ela fazer minha cabeça, não posso deixar ela me afetar. Meus olhos começam a embasar e temo em ser fraca perto dessa estúpida.

Faça algo agora, Elise!

- Calada como sempre. Que pena... -- ela olha para suas unhas pintadas de vermelho e faz cara de nojo. Depois me olha com fúria, seus olhos negros se tornam pretos de tanta raiva -- Por sua culpa, papai perdeu várias ações, claro, a filhinha queridinha e prodígio dele o fez passar vergonha e perder muitas negociações!

Não! Eu não fiz nada. Não era eu...

- Não era eu. Era você sua...

- Sério, Elise? Grande decepção para seu grande pai. E ainda fugiu de casa, outra grande decepção!

Ela me interrompe e fecho meus olhos sentindo a dor volta. A dor de ver mágoa nos olhos de papai, a dor de saber que papai não acreditou em mim, a dor de ser fadada a vadia sem culpa alguma, a dor de perder a confiança de quem achava amar, a dor de saber que quem achava que amava, era o culpado da minha dor por todos os motivos. Me lembro bem das palavras do papai, de sua ira e decepção por algo que acreditava ser verdade.

- Me diz que merda é essa Elise!

Olho por cima do livro e vejo papai cego de raiva e vermelho. Sua roupa está toda amarrotada e seus cabelos bagunçados, em sua mão direita tem o celular e na outra a esquerda tem sua gravata ao qual percebo que ele aperta. Suas veias do pescoço fica grossa. " O que papai tem? "

- Não estou entendendo, papai.

- Não? Como não? Deixa de ser estúpida e diga como teve coragem de fazer essa barbaridade!

Me levando afetada com as palavras do papai e sua raiva parece aumentar por eu não saber o que ele fala. Ele apressa o passo para meu lado e com medo dou uns para trás. Com sua raiva tenho medo dele fazer algo que irá se arrepender.

- O que o senhor quer dizer com barbaridade?

Ele joga seu celular em mim e por pouco cai no chão. Tem um vídeo com a seguinte legenda "E você achando que sua filhinha era uma santa", sem entender olho para papai.

Aperto play e meu queixo cai. Uma mulher e um homem fazendo a maior orgia. O homem parecia familiar. Não entendia o que papai queria dizer com isso. O que tenho haver com essa merda? Olho para ele outra vez e sua respiração fica pesada e seus olhos ficam mais escuros. Volto a olhar para o celular.

Uma Babá Inexperiente - Indisponível em SetembroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora