A menina do vestido de bolinhas.

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Era sexta à noite e todos os jovens de Londres que podiam e tinham dinheiro estavam é claro no bar mais famoso dos anos 50. Rock tocava alto no lugar, pessoas vestidas de todos os jeitos, estavam lá, aparentemente toda Hogwarts High estava lá, porém parecia que quem eu realmente procurava não estava lá, eu não a conhecia de fato, nem ao menos sabia seu nome, mas desde que eu te vi com aquele vestido de bolinhas, eu senti uma coisa estranha. Uma coisa que eu nunca tinha sentido antes. Eu posso te dizer que nunca acreditei em amor a primeira vista, e para falar a verdade, desconfio que não foi isso que me acontecera, eu já te observava de longe, seus cabelos ruivos, que ao sol pareciam uma áurea de fogo puro, sua pele tão branca quanto a neve que cai todo mês de dezembro, salpicada de sardas no nariz e nas bochechas lhe dando um ar brincalhão e seus olhos. Ah esses olhos castanhos que brilham intensamente quando você sorri e toda vez que eu olho para eles sinto como se mergulhasse em um rio de chocolate quente, mas acho que eu me apaixonei de verdade quando eu vi você com aquele vestido de bolinhas.

Estávamos na escola, você estava ali no portão segurando seus livros na frente de seu ventre, conversava animadamente com uma menina loira que usava uma roupa extremamente colorida e criativa, você estava lá rindo com sua amiga, e eu ao longe te observando na minha moto, me encantei.
Seu cabelos estavam presos em rabo de cavalo com uma fita preta que fazia um laço discreto no topo, você não usava batom, mas nem precisava seus lábios de formato coração era de um rosado tão puro e lindo que parecia que você tinha acabado de comer morangos silvestres, você usava um vestido. O vestido preto de bolinhas brancas, que eu sempre achei ridículo em meninas mais velhas, mas em você eu achei extremamente lindo, usava uma sapatilha preta com um lacinho pequeno na ponta.
Não sei ao certo quanto tempo fiquei te observando, só sei que foi tempo suficiente para o sinal de entrada tocar e eu te perder no mar de pessoas.
Eu sempre fui popular, cheio de amigos e rondado por garotas, sempre fui o bad boy, e nunca me apaixonei de fato, claro sempre namoradas e ficadas, mas aquela coisa de coração acelerado, mãos suando e todos aqueles sintomas de uma paixão, nunca, nunca até você aparecer.
Vou em direção do bar frustrado, não te encontrei naquela imensidão de pessoas, pessoas que para mim não tinham importância. Sei que nunca conversamos de fato e que os meus amigos me trouxeram para essa festa, só pra gente se "divertir", eles já tinham sumido com meninas e me deixaram aqui, pelo que eu observei você não fazia o tipo de quem vem para festas assim, mas mesmo assim, eu tinha esperança de que você aparecesse.
Então como se Deus ouvisse minhas orações, você entra no bar com as duas meninas que sempre estão com você uma morena que usava uma saia azul rodada e uma blusa três quarto branca, com os volumosos cabelos cacheados soltos, sua outra amiga usava uma saia rosa chiclete rodada com estrelas pretas, uma blusa de manga branca com listra rosadas e o cabelo loiro preso em Maria Chiquinha com fitas de um azul claro. E tinha é claro você, que usava o cabelo solto caindo em cascata pelo ombro e indo até a cintura completamente liso com apenas alguns cachos na ponta, você usava uma fita de branca de cetim na cabeça e sua franja estava caindo em seus olhos, e quando reparo em sua roupa.Deus! Você estava simplesmente deslumbrante naquele vestido vermelho sangue de bolinhas brancas, todo rodado que terminava na altura do seu joelho e para completar você estava com um sorriso lindo no rosto.
Me viro para o barman me sentindo muito mais feliz do que quando cheguei.

-Uma cerveja, por favor. -Peço com um sorriso e logo ele me entrega a garrafa, cerveja não é minha bebida favorita, mas era a mais fraca que tinha ali e eu tinha que voltar para casa sóbrio dessa vez. Ou estaria em encrenca, uma encrenca das grandes.
Meu pai é uma empresário famosos todos conhecem sua empresa a Potters International, uma empresa de revistas, minha mãe é ironicamente uma jornalista, sei que não é tão comum mulheres trabalhando, mas ela trabalha pego aquela bebida com um gosto não muito agradável e vou para a multidão com o intuito de te encontrar, porém antes de chegar ao centro do lugar ou te achar esbarro em uma pessoa. Uma menina e quando me viro eu percebo que não esbarrei em uma menina qualquer. Esbarrei em você.

A menina do vestido de bolinhasWhere stories live. Discover now