Rosa - A cor da ternura e romantismo.

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Oh não.

O nosso Cipher loiro estava doente.

Foi ao médico dia trinta de Dezembro, o que impediu de ter passado essa tarde com os Pines e os seus irmãos, na casa dos amigos gémeos.

Ficou a noite todo acordado, com insónias, o coração a bater muito rápido e a transpirar muito, apesar do frio tremendo que se fazia em Gravity Falls.

Primeiro, fez alguns testes e análises que o médico solicitou. Mas não encontrou nada de grave.

Novamente, pediu gentilmente para o alto repetir os sintomas. E assim, o loiro obedeceu, especificando exatamente quando os sentia – Desde que ficava levemente nervoso e, ao mesmo tempo, nas nuvens ao pé do amigo e também desde aquele ataque de ciúmes inexplicável que ele não conseguia mais tirar Pines da cabeça –. Mas, obviamente, a censurar-lhe o nome.

O médico, rechonchudo e de cabelos grisalhos, quase extintos, limitou-se a gargalhar, dando-lhe uma forte palmada nas costas, muito aliviado por não ser uma doença grave.

Ou não ser uma doença em si.

" – Meu pequeno Bill, eu acompanho o teu processo medicinal desde que és uma criança... Isso são sintomas de que estás apaixonado!".

...Apaixonado?

Não. Tem de haver um engano.

Tinha de ser um engano.

Ele não podia...

Ele não estava...

Ele não...

Oh não.

Bill Cipher estava apaixonado pelo melhor amigo, Dipper Pines.

E aquele diálogo irritante com o médico a sorrir-lhe gentilmente não lhe saiu da cabeça o resto do caminho para casa – Ele recusava-se a ir de limousine e preferia ir de Bus –. Com a música no volume máximo de Fall Out BoysLight'em up para se esquecer dos problemas, fechou os olhos com a cabeça encostada no vidro gelado do carro em andamento.

Praticamente vazio, assim como a sua mente, libertou um sorriso por conseguir esquecê-lo. E isso só provava que o Doutor Charles Louise estava mais que enganado.

Mas o sorriso evaporou-se ao ver Dipper, na sua mente, a sorrir-lhe gentilmente. A puxá-lo pelo pulso, como todas as manhãs na escola e contar-lhe sobre as aventuras e desaventuras que tivera no dia anterior, no fim de semana, no período da noite em que não tinha falado com o loiro ou até de momentos idiotas. Os seus olhos castanhos escuros e brilhantes, grandes e pestanudos a fitá-lo sempre com curiosidade de saber mais e mais; Um sinal muito fofo no lábio superior, mesmo em cima da linha que separava a branquidade da pele dos lábios carnudos e avermelhados dele, tão bonitos que parecia ter usado Gloss; Os seus pulsos finos, as mãos suaves e aqueles dentes alinhados e levemente maiores à frente, formando dois adoráveis dentinhos de coelho; A forma do cabelo castanho um pouco mais claro que o da sua irmã, com a franja de lado para lhe esconder a coisa que mais amava nele – A marca de nascença na testa da ursa maior, que Pines odiava mas o loiro adorava tocá-las com o indicador, enquanto ele dormia e as unia, como fizera secretamente quando dormiram no sofá.

E sabem como era o rosto angelical e adorável do mais novo a dormir? Relaxem, o Cipher conta-vos!

As bochechas eram tão gordinhas que não precisava de nenhuma almofada. A respiração calma e serena, que saia da sua boca levemente aberta e o fazia roncar muito baixinho de vez em quando ou a fazer barulhos de respiração. Os olhos lindos cobertos pelas pálpebras claras e finas, com a marca de nascença acastanhada à morta e o sinal no lábio, mesmo sendo muito pequeno e claro, parecia chamá-lo para um beijo.

COLOURS △ BillDip [Wattys2017]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora