"Vamos proteger elas"

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As aulas estavam para acabar, já era Outubro e o colégio estava pronto para as últimas provas e os últimos trabalhos.
João: Isso vai acabar comigo. - Reclama.
Silvinha: Calma lobinho, a diretora não disse que você pode fazer a prova? - Ela aconselha ele.
João era novato sendo que tinha parado de estudar no mesmo ano bem no início por causa dos Ant heróis, a diretora então propôs que ele fizesse uma prova na qual tivesse 80 questões de assuntos das unidades anteriores na qual ele só precisaria acertar 65 das 80 para ser aprovado.
Silvinha: Você consegue! É só se esforçar, pede ajuda para May com certeza ela irá ajudar.
João levantou a cabeça e respirou fundo. Disse logo em seguida- Tudo bem, eu vou tentar.
Silvinha sorri e o abraça.

Depois das aulas, teve o intervalo. Todos foram em direção ao mesmo lugar de sempre, menos Gisele. Ela ficou no primeiro andar do colégio perto de uma fonte de água.
Gisele: Por que... qual é a verdadeira razão para isso?...
Dizia ela em sua mente, quando um rapaz se sentou ao seu lado.
???: Por que... por que raios esse lugar não vende batata frita?! - Ele reclama.
Gisele soltou algumas risadas e disse- Colégios são assim mesmo, não são bons em dar os alimentos que a gente quer.
Ela observa o rapaz ao seu lado, cabelo preto jogado para trás. Olhos castanhos escuros. Ela chutou que ele tinha 1,82. Pele cinzenta e tinha olheiras, tem  um rosto de quem é revoltado com a vida. Um corpo magro com mãos calejadas. Usava a farda matinal do colégio. Uma blusa de manga longa vermelha combinando com a calça.
O rapaz olhou para ela de cima a baixo e falou- Como aguentar isso até o final do ano? Que absurdo.
Gisele: É a vida amigo. - Ela não contém as risadas.
Ele da de ombros e olhando para frente pergunta- O que uma jovem cheia de vida como você está fazendo aqui parada? O namorado te largo foi? Na minha época a gente sofria por ficar sem comida.
Gisele: Não, nem tenho namorado e nem pretendo ter - ela olhou no canto dos olhos - estou preocupada com as decisões dos meus amigos.
Ele erguê uma das sobrancelhas e pergunta- E? Se são as decisões dos seus amigos o que isso interfere na sua vida?
Gisele: Eles ficam querendo me proteger, só que não dizem o porque. - Ela entrelaça os dedos.
O rapaz suspira e levanta. Depois começou a caminhar dizendo- Eles devem ter um bom motivo, além do mais peças raras em um tabuleiro são essenciais para vencer o oponente.
Aquelas palavras deram arrepios em Gisele, ela perguntou- Qual... É o seu nome?
Ele parou no pátio e virou um pouco o rosto com um sorriso dizendo em seguida- Fabricio, foi uma honra conhecer você. Gisele a Suucumbos.
Os olhos dela ficaram trêmulos e quando ela ia chama-lo várias pessoas apareceram e passavam de ante dele e quando terminou ele tinha sumido.
Gisele: Quem é esse cara...

No final das aulas, eles iam a caminho de casa. Silvinha, Gabriel, Bruno e Gisele.
Silvinha: Cortou meu coração.
Bruno: Ele vai conseguir, só de um tempo. - Ele da de ombros.
Gabriel: Gih? Está tudo bem? - Ele olhou para ela.
Gisele: Hãm? Que? Batatas fritas? - Ela estava lembrando do encontro que teve com Fabricio.
Gabriel: Você está longe, aconteceu alguma coisa?
Gisele: Nada! Só to cansada. - Ela tenta disfarçar.
Chegando a casa dele, novamente Silvinha resolve ficar lá.
Bruno: Gostou mesmo daqui em?
Silvinha: Não posso?
Bruno: Calma, não fique revoltada.
Silvinha: Hum... vou entrar. - Ela vira o rosto.
Gisele vai logo atrás.
Bruno: Algo aconteceu. - Diz ele sério olhando para Gisele.
Gabriel: Não sente a presença de ninguém, quem poderia ter feito isso? - Questiona.
Bruno: Algum tipo de entidade? Será que alguém do Clã demônio está aqui?
Gabriel: Impossível, eu teria sentido mesmo que fosse um de baixo nível. - Ele olha para os lados.
Bruno: Aylon talvez?
Gabriel: E não ter levado ela? Acho meio impossível.
Bruno: Acho que deveria ver Wagner, e falar com ele. Talvez vocês dois juntos cheguem a uma conclusão.
Gabriel: Verdade, obrigado por entender.
Bruno: Qualquer coisa pode chamar. - Ele se despede.

Gabriel entra e já recebe um abraço da Luana.
Luana: Irmão deixa eu ir para o colégio, aqui tá chato. - Ela implora.
Ele passa a mão na cabeça dela e com um sorriso confortante diz- Não posso, sabe que não sou seu superior.
Luana: Droga... - Ela enche as bochechas de ar.
Gabriel vai para o banho e se arruma como sempre. Uma blusa colada ao corpo, dessa vez preta com listras a laterais vermelhas. Usa uma bermuda simples e de sandálias.
Gabriel: Vou até a casa de Wagner. - Ele beija a testa de Eva.
Eva: Tomé cuidado.
Gabriel: Vou. - Ele passa na sala e se despede das meninas.
No caminho encontra Samuel indo na mesma direção.
Samuel: Vai para a casa de Wagner também?
Ele concorda e os 2 vão juntos.
Gabriel: Então Samuel? Até agora espero me dizer o parentesco com João.
Samuel: A nossa família vem de uma matilha de lobos.
Sendo assim, um fardo você já ter o destino de se tornar um lobisomem. - Ele diz indigitado.
Gabriel: E por que você não é um?
Samuel: Eu decidi isso. Quando fiz 15 anos estava destinado a ser uma dessas betas. Mas encontrei Adrian.
Veio na lembranças de Samuel sobre o passado.
Samuel: Ele me encontrou na rua, eu estava com tanta raiva que chutava as coisas ao meu redor e xingava o primeiro que visse na minha frente. Foi quando um cara gigante se e enfureceu e veio me atacar eu corre para um beco mas não tinha saída.
- Vermezinho imprestável, vou esmagar você por completo. - Disse o babaca.
Foi quano uma broca se abriu no peito dele e ele caiu que nem jaca mole no chão. Olhei trêmulo para o homem de terno escuro a minha frente, ele tinha uma daquelas bengalas que gente de idade usa, não sei porque raios ele tinha mas dane-se. Não era isso que me preocupava no momento, dava para sentir a aura dele mesmo sem eu nem saber exatamente o que era isso.
- Q-Quem é você?! - Digo parecendo uma criancinha indefesa, nessa época eu era troxa mesmo admito.
- Você tem muito mais talento do que imagina meu caro amigo. - Aquele gorducho me dava arrepios, mas por algum motivo achei o que queria em suas palavras. Mas não foi só isso que me motivou a aceitar o que ele queria. E sim, pelo fato de um dos nossos parentes antigos também está do lado deles.
- Vamos priminho, é a chance de deixar de ser um inútil e ser mais forte.
Gabriel: Lucas...
Samuel: Ele já tinha aceitado tempos atrás, por isso ninguém tinha mais vestígios do safado. Agora eu sabia o motivo, ele tinha mudado completamente. Antes ele podia fazer um cosplay do carinha dos raios de tão emo que ele era. Agora, ele tava muito psicopata e mais confiante. Continua parecendo o carinha dos raios, só que melhor.
Gabriel: Carinha dos raios?
Samuel: É, aquele lá que o protagonista fica correndo atrás gritando o nome dele. O que o irmão matou a família dele e agora ele é revoltado com a vida.
Gabriel: Há, sei quem é. Então, você se tornou um deles e nunca mais viu a família? - Concluiu.
Samuel: É... quase, João era o único que realmente entendia o porque que das minhas escolhas. E o único que eu me despedi antes de me tornar um Anjo caido.
- E quando você volta? - Pergunta preocupado.
- Não volto, é definitivo. - eu estendo o punho para ele - prometo que um dia, a gente vai se encontrar novamente.
Ele confirmou com a cabeça e foi feita a promessa.
Gabriel: E agora voltaram a se ver? Que bizarro.
Samuel: O que é bizarro?
Gabriel: Você ter sentimentos. - Ele ri.
Samuel: Ha ha ha, engraçado você em? - Ele revira os olhos.
Gabriel: Já deixou Maliane só? Que tipo de "guardião" é esse?
Samuel: O sujo falando do mau lavado, cadê a Gisele então Oh grande arcanjo pika das galáxias?!
Gabriel: Pelo menos não foi eu quem perdeu pro Wagner. - Ele da um sorriso de lado.
Samuel fuzilou Gabriel com o olhar mas continuou andando como se ele não estivesse ali.

O jogo de Anjos e DemôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora