Capítulo XLI: O dia de todos os Santos

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Samuel

– Onde você estava?

Perguntei a minha irmã assim que ela e o Rex apareceram na multidão, o que era outra surpresa, numa sucessão de surpresas não esperadas.

– Eu... E qu...

Comentou confusa.

– Ela estava me ajudando com algo – Rex respondeu por ela – Mas eu pensei que o prazo para tentar quebrar outro selo não seria daqui a meses, então o que está acontecendo?

– E é verdade – Killian acrescentou, estávamos todos reunidos no meio da festa, com várias pessoas correndo para lá e para cá sabendo que havia alguma coisa errada, com Fortelucy tentando criar algum sentido e ordem, principalmente numa festa cheia de seres místicos cientes da situação da cidade – Os selos não são os objetos mais resistente já criados, mas os feitiços que os protegem de serem quebrados em seguida, são. Eles vêm sendo fortificados a décadas.

– Então o que eles estão fazendo lá?

Amora perguntando olhando na direção da fumaça que começava a desaparecer no céu.

– É o que infelizmente vamos ter que descobrir.

Bash completou, em tom sério.

– Precisamos chamar os professores.

Priyanka exclamou em desespero segurando seu colar com o cristal de diamante com as mãos, como o meu o dela também piscava mostrando a presença do perigo.

Contudo seu desespero era compreensível, somente Javier e Tate demostravam alguma calma. Birdy, Onika, Kat, Hya, Henrique, Juliette, Zita e Zac estavam apavorados.

– A academia entra automaticamente em modo de confinamento sempre que algo assim acontece – Killian a respondeu – Isso significa que eles estão presos lá, como forma de poder proteger o selo que permanece embaixo da estrutura da academia, eles não podem vir nos ajudar.

E nada do que ele falou ajudou.

– Mas a Pippa ganhou permissão para deixar os alunos entrarem. Só precisam chegar até a porta mais próxima.

Acrescentei tentando aliviar a tensão.

Estávamos quase todos aqui, mas Vernon, Isobelle, Hazel e Clea tinham desaparecido na multidão. Provavelmente fazendo o que tinham sido instruídos a fazer em ocasiões como essa, correr para academia para se proteger. Pelo menos eu esperava.

– Como se eu fosse deixar um dos meus melhores amigos ir lá sem mim.

Rex acrescentou se virando para mim, com medo e excitação no olhar.

– Rex, por favor, não.

Supliquei, ele sabia bem o que nos esperava e não poderia em sã consciência estar tão ansioso para ir junto.

– Sou teimoso e cheio de defeitos, lembra? Aonde você vai eu vou. Então te vejo lá.

Completou antes de virar areia e pó brilhante e desaparecer.

– Para onde ele foi?

Skandar perguntou segurando os cabelos com os dedos nervosos, sabendo exatamente quão impulsivo o amigo era. Olhei para ele, mas não o respondi.

Lexa e os outros se aproximaram de mim, não havia tempo a perder.

– Por favor, não nos sigam.

Exclamei antes de nossos corpos serem levados pelo feitiço de teletransporte até o local da explosão, no cemitério Ravenkov. Um lugar gigantesco, mantido sobre diversos feitiços diferentes, além de um poderoso feitiço de expansão, que era ocultado sobre disfarce para os mortais que tentassem medir a dimensão de todo o terreno. Construído como a Igreja Preta e Branca com uma grande influência gótica, com os mesmos postes de iluminação de bronze da academia espalhados por todo terreno.

Bruxos&Demônios, vol. III - Vínculos&MonstrosWhere stories live. Discover now