Ordens

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Estava nervoso, o que a chefe queria conversar com ele?

Andava pelos corredores mergulhado em tantos pensamentos que não percebeu que estava na frente de uma porta grande escrito "Chefe" em letras grandes. Respirou fundo e bateu duas vezes.

-Entre.- Uma voz do outro lado da porta foi ouvida. Abriu a porta, entrou e se sentou na cadeira de visitantes e a cadeira de couro estava virada para a janela.

Se virou revelando uma mulher, de cabelos curtos, nos ombros para ser mais exato, castanhos e usava óculos.

-Olá Rafael, soube que começou a cuidar do 343, parabéns, deve ser animador cuidar de algo tão antigo.- Disse e sorriu.

-A sim... É muito honroso.-

-Concordo. Bem, me chamo Olivia, mas pode me chamar de Oli.- Estendeu e deu um aperto de mão em Rafa -Você está aqui pois eu quero te passar alguns dados e cuidados que você deve ter com a sua experiência.- Arrumou os óculos no nariz e começou a deixar algumas folhas em ordem.

Entregou as folhas para o castanho que começou a ler. Parou em uma parte.

-Am... cio?- Perguntou surpreso.

-Sim, querido, essa é a época de acasalamento dele, mas não sei se existe alguma parceira da raça dele, em todos esses anos varrendo o mundo em procura de uma parceira nunca achamos, estamos achando que só existe ele...- Suspirou. -Mas fizemos uns experimentos nele e soubemos que ele tem um tipo de veneno nos caninos... ainda não sabemos para o que serve... e agora irei responder sua pergunta.- Limpou a garganta. -Essa é a época mais perigosa dele, fica mais descontrolado do que já é, quase o cio inteiro se esconde na floresta, ainda não conseguimos ver o que ele especificamente faz nessa época.-

Ficou em silêncio encarando a mulher do outro lado da mesa. -Hmm..- Ficou pensativo. -E o que eu faço nessa época dele?-

-Não sabemos... Como eu disse, nunca encontramos alguém.-

-Então como que vocês tratam dele quando ele está assim?-

-Nós o prendemos com correntes e mais correntes, já perdemos muitos seguranças e alguns cientistas por causa dele.- A mulher falava séria. -Então já te dei tudo o que precisa, pode se retirar.-

E assim fez, se levantou e saiu da sala com o envelope de papéis em mãos, tinha que voltar para a sala de controle da jaula de 343. Estava pensativo e novamente chegou à porta do controle sem perceber.

Entrou lendo os papéis e viu Tuna sentado em sua cadeira, mexendo em alguns botões. -Ei o quê está fazendo?!- Perguntou Rafael olhando para a jaula e os botões freneticamente para tentar decifrar o que ele fazia lá.

-R- Rafa! Oi.- Levou um susto. -Já voltou da chefa?- Deu um sorriso forçado para o menor que o olhava desconfiado.

-O que estava fazendo?- Perguntou com os olhos semicerrados.

-Só estava vendo como que funciona... sempre achei tão legal esse painel.- Falou abraçando o painel com um sorriso falso.

-Saia daqui, não é o seu experimento! Vai cuidar do seu.- Estava ficando muito desconfiado.

-Calma Rafinha! Não queria te irritar.- Disse e se retirou rapidamente, deixando Rafa sozinho no painel de controle.

Se sentou e tentou decifrar o que o loiro tanto mexia. Descobriu que ele estava mexendo no clima do lugar; deixando bem frio, e imediatamente ergueu a temperatura, deixando bem quentinho. Ficou incrédulo com o que ele estava fazendo.

Conferiu a floresta e nenhum par de olhos vermelhos. Suspirou cansado e começou a ler os relatórios e anotações de 343 que Olívia tinha lhe dado. Viu como ele reagia a algumas coisas e as outras. Não deixou nenhum detalhes escapar, queria cuidar muito bem do híbrido.

A Descoberta 343 • ABO Mpreg Onde as histórias ganham vida. Descobre agora