Capítulo 6

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Voltamos para casa no finalzinho da tarde e me ofereço para ajudar a Martha e a Evy na cozinha, mas ambas me dispensam.

— Vá tomar um banho e descanse um pouco antes da comida ficar pronta. Você deve estar exausta, o Júnior não te deixou em paz um segundo sequer.

Por não ter dormido a noite passada, e por ter passado o dia brincando com Júnior dentro d'água e fora dela, estou exausta. Meu corpo está pedido cama.

— Ele me esgotou mesmo.

Peço licença e subo com o Bernardo para o quarto. Depois que tomamos uma ducha juntos, descemos para a sala e encontramos a Paula e o Matheus sentados no sofá.

— Onde estão a Verônica o Júnior? — o Bernardo quer saber.

— A Vê está dando banho nele. Daqui a pouco eles descem.

Ficamos os quatro na sala conversando e pouco mais de quinze minutos depois que descemos a Verônica desce junto com o filho, que assim que me vê, corre e senta-se ao meu lado.

Continuamos a conversar e eu tenho que dividir minha atenção entre os adultos e o menino.

— O almoço está servido. — a Evy aparece na sala.

— Almoço não, mãe. Pela hora é jantar.

— Culpa de quem? — ela pergunta.

— Minha. — o Júnior grita e todos riem. — Eu gosto muito da praia.

Depois que jantamos a Paula, a Verônica e eu arrumamos a cozinha. Quando terminamos, voltamos para a sala e nos sentamos para assistir um pouco tv. O Júnior senta entre o tio e eu, e exige minha atenção, fazendo com que o Bernardo implique com ele, fazendo todos rirem.

Depois de um tempo, o pequeno acaba pegando no sono já sentado no meu colo. Quando a Verônica o vê de olhos fechados, ela quer pegá-lo, mas peço que ela espere um pouco, já que ele praticamente acabou de fechar os olhos.

Sinto meus olhos ficarem pesados e resolvo fechá-los um pouco.

— Sam? Acorda amor. — ouço a voz do Bernardo bem distante.

Quero muito abrir os olhos, e me esforço para isso, mas não consigo. De repente sinto seus braços ao meu redor. Ele está me pegando no colo.

Quando acordo, estou sozinha no quarto. Pego o celular em cima do criado mudo e vejo que passa das onze da manhã.

— Caramba dormi demais.

Levanto da cama, pego um biquíni dentro da mala e entro no banheiro. Depois de fazer minhas necessidades, me troco, e volto para o quarto para colocar a saída de praia.

— Será que tem alguém em casa? — falo em voz alta enquanto caminho pelo corredor.

Quando chego ao topo da escada, vejo o Bernardo sentado no sofá, lendo jornal. Ele levanta os olhos, me vê e sorri.

— Bom dia, dorminhoca?

— Bom dia. Porque não me acordou? — sento ao seu lado e lhe dou um rápido beijo.

— Eu até que tentei, mas você resmungou alguma coisa, virou para o lado e continuou dormindo, então, resolvi não insistir. Você está bem? Quando dormiu ontem, não eram nem nova horas. Será que você vai ficar doente?

— Não. Eu estava cansada. Eu não consegui dormir depois de saber da sua história com sua ex-mulher. Eu fiquei lá deitada do seu lado, lembrando tudo o que você tinha me dito... E ontem o dia foi bem agitado. O Júnior não me deixou quieta um minuto sequer com todas aquelas brincadeiras, e eu acabei ficando exausta.

Caminhos Traçados 2ª EdiçãoWhere stories live. Discover now