𝙲.𝚃𝚁𝙴𝙳𝙸𝙲𝙸: 𝐧𝐞𝐰 𝐫𝐞𝐛𝐞𝐥𝐥𝐢𝐨𝐧.

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Leone não poderia se desfazer daquelas imagens nem se implorasse por aquilo, amaldiçoava-se tanto por não ter insistido, por não ter seguido o irmão mais velho quando o viu sair pela porta.

Contraindo os lábios o menino parou no sinal vermelho, a hora do rush apenas aumenta e prolongava mais a sua aflição. Apertando os dedos no volante olhou no reflexo do retrovisor, Louis no banco passageiro faltava arrancar a pobre carne fora de tanto que roía as unhas, Harry ao seu lado, que haviam encontrado no meio do caminho, também não estava diferente.

O britânico de cabelos encaracolados teve um ataque de asma ao receber as notícias chocantes daquela manhã. Esse somente rezava para que estivesse tudo bem com Enzo e Liam. Apesar de Harry saber que quando se entra naquela vida, a última coisa que terá certeza é se tudo estaria bem, então, após o apelo emocional de Leo, o britânico resolveu guiá-lo até uma fonte que eles passaram a crer que poderia ajudar.

Leone suspirou. O estômago revirou novamente ao mesmo tempo que outra imagem surgiu em sua cabeça, e essa foi o suficiente para fazê-lo perder o fôlego e seguir a decisão pela qual tomou. Seus dedos destravaram o cinto, e quando se viu, já estava correndo na fila entre os carros parados no sinal.

Leone havia ouvido os gritos dos amigos que ficaram para trás, mas Leo as ignorou, a única coisa que conseguia pensar naquele momento era em engolir o orgulho, juntamente a suas lágrimas, e correr na direção que Harry havia o instruído antes.

Respirou fundo ao mesmo tempo que apoiou suas mãos nos joelhos, o suor pingava de sua testa e a falta de ar dava-o a sensação que desmaiaria a qualquer instante. Apertou os olhos quando notou a garganta seca e contou até dez, antes de se reerguer.

Por sorte, não precisou adentrar a loja de vestidos já que a fonte qual procurava estava sentado em um dos degraus, debaixo da fina chuva que passou a cair.

Zayn encarou o adolescente de olhos arregalados ao mesmo tempo que Camilla tentava dirigir a ele qualquer palavra que o questionasse sobre a presença tão repentina.

Leo imaginou que ele não era o único enfrentando uma batalha interna, e por mais que quisesse abraçar Cams que aproximou de si com uma expressão de dó após analisar seus lábios trêmulos e olhos marejados, Leone suspirou fundo e abriu a boca para dizer as palavras que deixou Zayn de pernas bambas;

- Eu sei que não nos damos bem e tenho consciência que você é a última pessoa a qual Liam quer ver nesse momento - respirou fundo, não conseguindo mais controlar o próprio choro - mas por favor, ele precisa da sua ajuda.

❱❱❱❱

Liam contou até cem mentalmente, repetidas vezes, na intuição de distrair sua própria mente. Ignorou o latejo no rosto e na boca do estômago, ignorou a pressão desconfortável em seu peito e apenas focou em pensar que tudo ficaria bem.

O castanho era uma agonia tão grande que faria qualquer pessoa chorar em somente enxerga-lo. Um olhar sem vida e um sorriso tão apagado que era capaz de ser comparado a um homem sem alma, mas Liam não era aquilo, era apenas mais um pai desamparado que pela primeira vez na vida pediu aos céus para que o seu filho estivesse bem.

Passou as mãos em seu cabelo ao mesmo tempo que prendia o lábio inferior entre os dentes, arrependendo-se logo depois, ardeu forte, Liam gemeu baixo pela dor. Maldição, estava fodido em todos os sentidos. Por mais que tentasse pensar positivo nada parecia ser bom, a situação a qual estava não era boa.

Seu filho fora sequestrado, estava preso e agora tinha que esperar sentado pela morte que viria a seguir. Seus olhos castanhos seguiram até as grades grossas, essa que representava uma janela, através dela a luz do dia opaca iluminava aquele muquifo e o castanho pode ver que os raios tímidos do sol tentava se infiltrar entre as grossas nuvens sobrecarregadas.

「paradise or war.zone」+ ziam. au!actionOnde histórias criam vida. Descubra agora