✠ A Catacumba ✠ (C)

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Jonathan

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Jonathan

•A floresta estava escura e nebulosa. As únicas coisas que iluminavam nosso caminho eram tochas distribuídas irregularmente dentre as árvores e alguns vagalumes, que voavam livremente pela escuridão. Tenho de admitir que não ver muito do que vinha a minha frente me deixava com um certo frio na barriga.

•Nature, depois comentar sobre o tal de teste no dormitório, simplesmente começou a andar, e nós o seguimos, como sempre acabava acontecendo. Todos nos entreolhamos ao perceber que ele nos guiava para fora do castelo e para dentro da selva, à noite, mas ninguém comentou nada realmente. Andamos por um bom tempo antes de pararmos repentinamente. Tínhamos chegado em um tipo caverna subterrânea, e era possível ver alguma luz fraca vinda de dentro dela.

- Uma catacumba? - Garry olha para Nature, parecendo entender o que aquilo significava.
- Isso mesmo - o lorde dá um fraco sorriso, sua face mal iluminada pela luz do túnel.
- Catacumba? - Maxy e eu perguntamos ao mesmo tempo.
- Sim. Há várias nesse planeta. Servem como um teste para os soldados do exército, tanto físico como psicológico - Garry nos diz, um pouco tenso.
- Psicológico...? - Sam parecia também parecia inquieta.
- Há gases alucinógenos no subsolo de Siforn, que se aproveitam de suas fraquezas para criar desafios e inimigos, os quais vocês têm de derrotar uma vez que entram em uma dessas cavernas - Nature dá sua aula educativa de sempre.
- E se a pessoa que entrou não conseguir vencer esses... Desafios? - Nick pergunta, temeroso.
- Volta com um pouco menos de autoconfiança. Nada que vão enfrentar aí será realmente letal ou real. Por isso considera-se apenas um teste, - Nature assente - como uma prova de escola.
- Espero que seja tão fácil quanto - Nick diz e todos rimos, tensos.
- Então iremos entrar mesmo aí? - Pergunta Maxy.
- Não posso obrigá-los, mas é uma parte importante do treinamento - Nature afirma.
- Tudo bem, eu só queria confirmar - Maxy meio que faz piada.
- Quem gostaria de ir primeiro? - O lorde interroga.

•E esse é o momento em que todos ficamos em um silêncio mortal, apenas escutando o cantar dos grilos. Podia não ser de verdade, mas mesmo assim teríamos algo a enfrentar lá dentro. Respiro fundo e me dirijo a entrada.

- Nos vemos depois, eu acho - digo antes de adentrar o túnel escuro e mal iluminado, onde apenas algumas poucas luzes estranhas, como as do castelo, brilhavam nas paredes.

•Eu não sabia o que esperar. Sentia um cheiro estranho. Não conseguia ver o que havia no final daquele caminho. Dou passos lentos e cuidadosos, atento a barulhos ou qualquer movimento. Por alguns segundos acreditei que nada viria me afrontar, até perceber uma pessoa parada logo adiante. Era Maxy, ou parecia ela, o que me deixou confuso.

•Estava estática, e nem mesmo piscava, me olhando diretamente nos olhos. Eu teria de lutar contra minha própria irmã? Eu sabia que aquilo era uma alucinação, mas mesmo assim...

Os Reinos ElementaresWhere stories live. Discover now