Epígrafe

189 19 9
                                    



O LUNAR DE SEPÉ

(Romance popular anônimo do Rio Grande do Sul)


Eram armas de Castela

Que vinham do mar de além;

De Portugal também vinham,

Dizendo, por nosso bem:

Mas quem faz gemer a terra...

Em nome da paz não vem!


Mandaram por serra acima

Espantar os corações;

Que os Reis Vizinhos queriam

Acabar com as Missões,

Entre espadas e mosquetes,

Entre lanças e canhões!...


(...)


Ninguém a vida roubava

Do semelhante cristão,

Nem a pobreza existia

Que chorasse pelo pão;

Jesus-Cristo era contente

E dava sua benção...


Por que vinha aquele mal,

Se o pecado não havia?...

O tributo se pagava

Se o vizo-rei o pedia,

E até sangue se mandava

Na gente moça que ia... 


Simões Lopes Neto. 

(Total de Palavras: 105 - segundo o Word)

Essa terra tem dono, zumbis!Onde histórias criam vida. Descubra agora