Playing With Pleasure

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Confiro novamente minha passagem, está tudo certo. Eu estava indo para Chicago tentar ficar longe de tudo que me cercava – Minha família, meus amigos e meu antigo emprego na empresa do meu pai - preciso de algo novo para poder renascer das cinzas. 
Chicago vai ser minha válvula de escape, é claro que meu pai não ficou nada feliz em saber que eu não queria mais trabalhar para ele, ou pior, não ficou nada feliz em saber que eu estava saindo de casa, o que acarretou a tristeza e a desolação da minha mãe, mas se eu fosse ficar sempre presa em Seattle, como conseguiria aprender? Como iria ser alguém que fez por merecer, não a filha de Christian Grey, o magnata, ou minha talentosa mãe, dona de uma editora e uma das maiores editora chefe de toda Seattle. 
Ter meu nome, ou melhor, sobrenome associado aos meus pais é um fardo que eu levarei para o resto da vida, afinal, no mundo em que vivemos atualmente, você equivale a quanto dinheiro tem e no meu caso, ou no caso do meu irmão, nós poderíamos ser equiparados a diamantes. Diamantes pesados e caros. Meu voo é anunciado pelos alto-falantes do aeroporto. Pego minha bolsa e me dirijo a aeronave. – Primeira classe, nada menos que isso para o poderoso Grey. 
Aconchego-me na minha poltrona e deixo o pensamento correr pela minha mente confusa e totalmente ansiosa pelo futuro que eu teria daqui para frente. 
Me formei em jornalismo a um ano, trabalhei – trabalhei duro – para o meu pai esse ano, graças a ele eu sei como me portar em reuniões, sei ser dura e melhor ainda, sei ser persuasiva e, graças a minha mãe, eu sei ser doce e maleável quando necessário. A vida em Chicago era uma mistério que eu queria decifrar mais que qualquer coisa. Eu já tinha um emprego garantido em uma editora como assistente, já tinha um apartamento novinho que só precisava ser mobiliado do meu jeito, um guarda-roupas completamente novo, realmente...O Senhor Grey não deixa passar nada, nem mesmo minhas calcinhas! 
Um sorriso brota em meus lábios, é praticamente impossível não sorrir quando penso no meu pai, desde pequena ele me ensina, cuida de mim e faz praticamente tudo para que nada na minha vida dê errado. Minha mãe também, sempre zelou por mim e por Teddy, quando meu ex-namorado terminou comigo depois de cinco anos de namoro, foi ela quem me deu colo e nenhuma amiga que eu tinha – ou tenho, não sei bem – em Seattle não conseguiu se comparar a ela. O piloto manda apertar o cinto, pede para desligar os aparelhos receptores e depois de alguns minutos parados, o avião decola deixando para trás tudo que eu sou. Isso mesmo, eu vou me reinventar.

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