Minha cabeça pesava e eu estava sentindo um repentino frio. Os acontecimentos anteriores apareceram rapidamente assim que avistei o teto branco de uma óbvia sala de hospital, alguns se adicionaram à eles, eu chegando ao hospital, murmurando coisas, Guilherme desmaiado e sendo rebocado para uma sala diferente, uma enfermeira colocando meus bebês para mamar.
Eu era mãe. Mãe de um lindo menino e uma menina que provavelmente daria dor de cabeça ao Fragoso. Mãe de gêmeos. E não soube disso durante toda a minha gravidez! Eu tinha que matar o Guilherme por caus...
Falando nisso.
Onde ele está?
Ergui meu corpo com um pouquinho de dificuldade, olhando ao redor.
O quarto do hospital era gigantesco e provavelmente o mais caro, já que a cama estava mais para uma king size equipada e a camisola era terrivelmente confortável e tinha rendinhas. Apesar de eu estar preparando psicologicamente para me encontrar dentro daquelas mantas azuis. Mas o que, de fato, fez meu coração descompassar e os meus olhos encherem de lágrimas foi a cena mais a frente.
Dois pequenos berços, dispostos praticamente colados. Um urso gigantesco e rosa estava do lado de um. E do outro, um leão filhote e incrivelmente fofo, ― que me fez lembrar do Nick e da saudade que senti dele. E para acabar de arrasar o meu coração, Guilherme segurava um bichinho de pelúcia, soltando algumas palavras que eu não conseguia escutar.
Parecia um verdadeiro pai.
Queria levantar e encarar os rostinhos dos meus nenéns, mas minhas costas pareciam dormentes e não dispostas a cooperar.
Quanto tempo eu havia dormido?
Me mexi na cama e, ao pegar apoio no braço da cama, algo bipou, trazendo a atenção dele para mim. Um homem lindo, sem barba, olhos claros e cabelo muito bem aparado me olhou. Bem diferente do marido maluco que vi ser arrastado para a sala de observação. Fragoso parecia renovado.
― Olha, Ícaro! ― me lançou um sorriso. ― A mamãe finalmente acordou! ― brincou, pousando o brinquedinho com cuidado. Cautela essa que contrastou com a rápida caminhada que deu até a minha cama e me abraçou com força. Parecia ter passado meses sem me ver. ― Graças a Deus, você está bem! ― murmurou contra o meu ouvido, algo me molhou e... Ele estava chorando?
― Gui... ― chamei. ― Amor? ― ele se afastou, o nariz estava vermelho e as lágrimas caiam gordas dos seus lindos olhos. ― O que houve? ― Guilherme soluçou e eu comecei a ficar assustada. Ele acariciou meu rosto e eu enruguei a testa. Definitivamente não estava entendendo nada. Só queria pegar as minhas joias nos braços. ― Ei, ei, ei... Shhhhh... ― o abracei novamente.
― Eu...
O afastei e limpei as lágrimas do seu rosto, me erguendo sentindo uma dorzinha chata, mas conseguindo colar nossos lábios de maneira rápida. No entanto, Fragoso alongou o beijo e se aproximou rapidamente, me arrancando um suspiro, porém, ao se inclinar, foi a vez dele de grunhir e tomar distância.
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O Sabor Dos Seus Lábios - As Whiter's
RandomASSIM COMO MAR CALMO NUNCA FEZ BOM MARINHEIRO, SÃO OS INVESTIMENTOS DE RISCO QUE FAZEM OS EMPRESÁRIOS DE SUCESSO. O que uma mulher bem sucedida que venceu vários preconceitos por ser jovem e acima do peso, conseguindo chegar ao cargo de Supe...