Disfarces sutis na arte de enganar alguém

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-Pizza! Com toda certeza.

...

Donna acordou aquela manhã e Harvey não estava ao seu lado. Olhou em seu relógio em cima do criado-mudo, faltava pouco para as sete da manhã. Ela levantou se espreguiçando e logo ouviu o som familiar de nova mensagem. Ainda sonolenta abriu a mensagem:

“Preciso de você no departamento hoje, da seus pulos e aparece. –Jéssica”

Que carinhosa -pensou Donna, mas achou estranho, Jéssica nunca usava seu número pessoal para chama-la a delegacia. Deu de ombros e foi tomar banho.


Após sair do banheiro já totalmente vestida, Donna encontrou Harvey na cozinha tomando um café enquanto lia algo. Ela prendeu seus cabelos em um rabo de cavalo e se serviu.

-Café não faz mal? Digo, por causa da cafeína. –Donna lançou a ele um olhar de reprovação.

-Bom dia Donna, dormiu bem? –Falou batendo nele com o pano. –Eu não vou parar de tomar café, não dá! –Ela abaixou a cabeça e ergueu a blusa. –Escuta crianças, a mamãe precisa de café ta bom, é só um pouquinho.

Harvey riu e ela se aproximou lhe dando um selinho.

-Bom dia. –Falou se sentando no colo dele. –Precisamos esclarecer algumas coisas.

Harvey revirou os olhos, sorrindo de canto.

-Me leva a sério, por favor. –Donna pediu bebendo um gole de seu café.

-Tudo bem, la vamos nós. –Ele suspirou. –Então, o que você quer esclarecer?

Donna pensou antes de falar –Não estamos morando juntos.

-Ta bom, próximo esclarecimento.

-Eu não quero que as pessoas saibam de nós ainda. –Ele assentiu. –Não quero ser motivo de fofoca no trabalho.

-Acho que o segurança sabe de alguma coisa. Sempre que passo perto dele, ele faz uma cara. –Harvey franziu a testa pensando e estremeceu. –Acho que se chama Joe, não sei...

-O Joe? –Donna começou a gargalhar jogando a cabeça para trás. –Ele é gay Harvey, acho que você tem um admirador.

-Bom, nesse caso eu adoro um uniforme. –Harvey fez pouco caso dando de ombros, como se pensasse no assunto. Donna gargalhou mais ainda e ele a acompanhou.

Pararam de rir e ficaram se olhando. Ele segurou o rosto dela com a mão e passou a fazer carinho com o polegar. Donna inclinou seu rosto com o contato.

-Temos que ir. –Falou ela, não podiam se atrasar. Hoje ela voltava a trabalhar, e passaria no hospital antes para remover a bota. Ele assentiu.

Terminaram de tomar o café e foram até o hospital. Donna estava bem, e pronta para voltar a caçar bandidos. Ela estava animada para voltar à ativa, não gostou nada de ficar tanto tempo longe.

Assim que chegaram algumas pessoas a veio parabenizar pela gravidez. Ela ficou confusa.

-O que está acontecendo? –Perguntou a Harvey enquanto se dirigia a sala da Sargento.

-Você sabe do bolão não sabe?

-É claro que sim, mas isso não era só entre os amigos? –Harvey balançou a cabeça em negação comprimindo os lábios em um sorriso travesso. –O Louis. Eu vou encontra-lo, e quando o fizer, vou mata-lo.

Eles entraram na sala e Jéssica estava no telefone anotando alguma coisa. Ela levantou o dedo indicador finalizando a ligação. Harvey e Donna se entreolharam e se sentaram nas cadeiras em frente à mesa. Donna automaticamente começou a ter flashbacks com o que aconteceu naquela sala semanas atrás.

DonnaWhere stories live. Discover now