61. Melbourne

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— Finalmente as madames apareceram

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— Finalmente as madames apareceram. — Andrew notou assim que Estella e Jessica chegaram no andar superior da cafeteria.

— A Estella ficou no meu pé pra andar de bicicleta. — a loira murmurou bufando.

Minha brasileira não fez nada além de rir e se aproximar do pequeno sofá encaixando o corpo ao meu lado e fazendo um bico engraçado em cumprimento.

— E o que é isso no joelho? — a pele avermelhada da mulher chamou atenção de Geoff.

— Um pequeno acid...

— Caiu quando eu fui tentar ensinar ela a andar. — Estella interrompe, se bem a lia ela estava rindo por dentro. Típico.

— Caiu da bicicleta? — Andrew parece incrédulo.

— Não, cai de um elefante. — seu sarcasmo fez todos na mesa rirem.

— Ouch!

Rodeei o braço no encosto do sofá repousando a mão próximo ao ombro da mulher ao meu lado, meu olhar cai sobre o seu, focando em sua curiosidade repentina por minha ação.

— Você comeu alguma coisa? — questiono.

Eu queria tocar seu rosto e juntar nossos lábios num carinho comum entre casais, os céus sabiam o quanto eu queria.

— A gente lanchou numa cafeteria perto do parque.

— Quer alguma coisa? — indiquei as comidas posicionadas sobre a mesa. Ela negou com a cabeça. — Então eu posso te roubar por hoje? Somente nós dois...

Estella crispou os lábios rosados chamando minha atenção para o local. Porra, eu queria muito beijar ela.

— Não tem como roubar algo que já é seu. — seus dedos enlaçaram-se aos meus em baixo da mesa de forma delicada. Sorri largo. — Aonde iremos?

— Passear pela cidade como um casal comum.

A mais nova estreitou os olhos confusa e eu levantei antes que ela falasse algo. Alcancei meu boné preto na mesma tonalidade do moletom e guardei meu celular na calça jeans de cor azul. Talvez algo diferente do dia-a-dia chamasse menos atenção. 

Estella me analisa atenta antes que eu a puxe delicadamente e deixe todos para trás com um aceno. Em segundos atravessávamos a porta de saída. 

Seu casaco laranja contrastava perfeitamente com a pele bronzeada. Era como um céu sendo palco do pôr do sol. O vento sopra sobre nós fazendo os cabelos da Escobar dançarem.

Mantive as mãos dentro do bolso do moletom atento aos pequenos detalhes, como uma segunda cafeteria igual à que estávamos e uma floricultura que deixava parte da calçada coberta por folhas e flores.

— Você já visitou Melbourne antes? — seu tom curioso quebra meu transe.

Nossos passos são ritmados, lado a lado caminhamos sem problemas em velocidade. Era como se soubessem o tempo do outro.

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