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Recado importante antes do capítulo: Esse capítulo, foi todo pensado e baseado nessa música que eu achei que combina muito com o casal Tayla e Edmond!

Antes de ler, eu gostaria que escutassem a música, lendo sua tradução! O capítulo todo vai fazer muito sentido com ela! OUÇAM: Landon Austin - Armor.

Gostaria também de pedir desculpas por um equívoco meu: as viagens de navio da era vitoriana duravam dias e não apenas dois! Corrigindo a história para vocês entenderem:  Edmond e Tayla se casaram no dia 15 de dezembro, viajaram no dia 16 de dezembro para o Brasil, e ficaram no navio durante 16 dias! Nesse período, os dois mal se beijaram e mantinham distancia, pois Tayla temia por algo que pudesse acontecer entre os dois.

Chegaram em São Paulo (cena vista no capítulo anterior) e descobriram a traição de Oscar no dia 2 de janeiro (sim, passaram o ano novo no navio). Viajaram para a Província do Grão-Pará (corresponde ao Norte do país, nessa história, eles estão na Amazônia). Agora, na amazônia, é dia 3 de janeiro: 

Amazônia, 3 de janeiro de 1847

Tayla roncava alto na carruagem, ela tinha um sono tão pesado que mal ouviu o cantar de algumas tribos indígenas por onde eles passaram.

Edmond se manteve acordado durante toda a viagem. Ele estava nervoso naqueles últimos dias. O conde não beijava a sua esposa, e não era seu marido de verdade. Aquilo estava incomodando o seu coração, mas ele sabia que precisavam se manter firmes e focados se quisessem colocar um fim em tudo isso.

Ele também queria ser cavalheiro. Nenhuma moça devia ser forçada a fazer nada.

Edmond queria Tayla e rezava para que ela o quisesse também. 

A carruagem faz um barulho alto, uma arrancada brusca e por pouco não vira. Eles tinham chegado ao destino? Tayla se questionava enquanto abria os olhos.

Quando os abriu, encarou Edmond, a sua frente, com seus óculos de grau e seu grande cabelo despenteado. Seus olhos escuros que antes liam um livro, agora estavam fincados nela.

Tayla sente arrepios novamente. "Pelos Céus, o que está acontecendo comigo?" ela se pergunta enquanto endireita a coluna. 

- Achei que só iria acordar depois da primavera, ursinha. - Edmond diz, tirando os óculos e encarando seus olhos verdes, e que olhos verdes Tayla tinha. Edmond estava cada vez mais hipnotizado. - Nós chegamos. - ele diz, sai da carruagem e ajuda Tayla a sair.

- E eu achei que homens eram inteligentes, Edmond, você com toda a certeza é exceção. - Tayla diz, sua raiva típica de quem acabou de despertar.

- Eu estava com saudades de sua língua afiada, querida esposa.

- Corta mais que uma navalha, eu garanto. Me provoque novamente, para me testar. Cutuque a dama das chamas, e o fogo vai te consumir...- Tayla diz com um rosto amassado pelo sono.

- Não posso te levar a sério com essa voz mansa e calma. - ele diz e Tayla revira os olhos.

- Eu não estou calma! - Tayla disse com raiva, ela se estressava muito pela manhã. Em um momento, ela se próxima dele, tão perto que ele pode sentir seu cheiro de lavanda novamente. - Eu sempre perco a calma pelas manhãs!

Quando Um Conde Se ApaixonaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora