#Capítulo Quatro:

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Acordei às seis horas da manhã por vontade de ir ao banheiro

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Acordei às seis horas da manhã por vontade de ir ao banheiro. Resmunguei na cama pela hora que meu corpo decide ficar apertado e, com cuidado pra não acordar Yasmin que roncava ao meu lado, levantei indo ao banheiro. Quando voltei, até tentei voltar a dormir, porém já havia perdido o sono, praguejando baixo por isso. Fala sério, hoje é feriado, quando eu posso dormir até tarde meu corpo resolve me trolar. Mexo um pouco no celular até minha barriga dar sinal de vida, resolvo descer para cozinha e encontro Felipe sentado na mesa bebendo café e comendo um pedaço de bolo.

- Bom dia. - Minha voz sai baixa graças ao sono, ele levanta a cabeça um pouco surpreso, provavelmente porque ninguém além dele acorda antes do almoço nessa casa.

- Bom dia, acordou agora?

Coço meus olhos e vou em direção a cafeteira, pegando uma xícara no armário e colocando café pra mim.

- Não, tô dormindo ainda.

Ele revira os olhos com um sorriso sarcástico no rosto.

- Você e minha irmã são um doce de pessoa quando acordam.

Me sento a sua frente na mesa, cortando um pedaço de bolo e comendo. Comemos em silêncio, mas o quebro quando seu olhar atento cruza com o meu pela milésima vez.

- O que tanto me olha? Nunca viu gente bonita?

Ele sorri ladineo sem mostrar os dentes, não se abalando com meu comentário e me fitando com intensidade.

- Só estava pensando o quão linda você fica usando só um blusão.

Faço um biquinho, falsamente magoada.

- Poxa, pensei que você me preferia sem.

Sorrimos divertidos um para o outro. Quando éramos crianças brigávamos muito, sempre fomos muito diferentes um do outro, brigávamos pelos brinquedos, pelo desenho, até pelo pratinho de comida, quando Felipe só pra me irritar comia no meu prato da Barbie e eu abria o berreiro. Com um tempo, quando crescemos, acabamos descobrindo outro jeito de nos alfinetar, e as brigas acabaram se tornando provocações. Obviamente nunca tivemos nada, é aquele chove mas não molha com muita coisa em jogo que ninguém tem coragem de fazer alguma coisa e perder tudo.

- Garota, você não me tente. - Ele avisa, bebericando seu café sem cortar nossos olhares.

- Não consegue se segurar até chegarmos aos finalmente?

Provoco, ele ri malicioso.

- A questão é exatamente contrária, não vou conseguir parar.

AMOR NO ALEMÃO [MORRO] #1Onde histórias criam vida. Descubra agora