Parte 2

65 2 0
                                    

— Quem é você? – exclamou com o belo de um susto que levou... sua boca se abriu para pronunciar alguma palavra, mas o medo a tomou e o único som que saiu foi um miau bem arranhado, de repente perdeu a voz.

— Porque está chorando?

Isla não podia acreditar que era tão ruim em fugir... nem as roupas roubadas das serventes a ajudaram. Saiu do castelo as escondidas e adentrou nesta floresta, sem saber onde estava, acreditou que ninguém mais saberia. Como fora ingênua.... Ela finalmente conseguiu olhar bem quem falava consigo... e podia dizer com certeza, nunca havia visto um gato de pêlos e olhos tão bonitos como o dele. Ficou nervosa... de onde viera este ser?

— Eu, eu... não estou chorando. – respondeu incerta, passando a pata no rosto da forma mais disfarçada possível.

Joaqueym a olhou bem e pensou que ela poderia ser um caminho para chegar ao palácio já que parecia ser uma das servas... suas roupas estavam meio surradas, não poderia ser alguém da corte real. Decidiu investir... se apresentou e acabou conquistando a princesa.

Isla de início não gostou da presença do gato, mas acabou ouvindo o que ele tinha a dizer... parecia ser um gato legal. Eles conversaram por praticamente a tarde inteira. Quando Isla viu que começava a escurecer, decidiu correu para o palácio. Seu plano seria dormir fora, mas acabou lembrando de sua mãe, a Rainha Mila e seu doce coração não conseguiu imaginar como a mãe se sentiria se ela resolvesse fugir... não que ela estivesse revoltada com seus pais, seu lar ou qualquer outra coisa, era apenas a tristeza que tomava seu coração dia e noite e a vontade de ficar sozinha com seus pensamentos.

— Eu preciso ir... – Isla disse se afastando.

— Mas me prometa que poderemos nos ver novamente.

Mas a gatinha não respondeu, apenas correu o mais rápido possível.

O problema foi que ela acabou se perdendo no bosque da escuridão. A princesa sentou-se numa pedra e ficou a olhar a escuridão sem conseguir imaginar por onde seguir... foi quando apareceu uma cachorrinha... era a magnífica Fiona. Isla caiu para trás pelo susto... sua mãe sempre lhe contou sobre a existência de Fiona, mas ela não acreditou que fosse real. A cachorrinha era descendente do maior reinado, do Além Mar. Ela representava sabedoria e segurança.

— Levante-se, princesa. Não tenha medo! – disse a cachorrinha cheia de sabedoria. — Você precisa fazer sua missão.

— Mas... mas... eu não sei... que missão?! – exclamou assustada, enquanto se erguia num rompante.

— Você saberá... apenas mantenha-se forte e corajosa, e você chegará ao lugar certo. Apenas vá e lute com todas as suas forças...

— Mas eu preciso... – antes que ela pudesse falar mais algo, Fiona sumiu da mesma forma que apareceu. Mas algo diferente ficou, o caminho antes escuro se iluminou numa estrada para ela seguir. Enquanto caminhava, refletia consigo mesma o porque de ter que lutar.

FELICIDADE MAGNÍFICA: um conto fantásticoOnde histórias criam vida. Descubra agora