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Tudo o que eu gostaria de dizer hoje era que tudo estava bem.

Eu realmente amaria dizer isso. Talvez, fosse minha meta do dia, da semana e (quase) do mês dizer: está tudo bem.

Dizer que eu não me sinto abandonado.

Que não me sinto totalmente confuso.

E que Jimin não desapareceu totalmente.

Eu não faço ideia do que está acontecendo e isso me deixa tão frustado que eu só quero mandar alguém ir tomar no cu.

Era totalmente diferente daquela outra vez, na qual ele desapareceu pois estava doente. Porque antes eu não o conhecia direito. Éramos quase estranhos, embora já tivéssemos uma química.

Só que dessa vez, eu o conheço. Ele me conhece. Por que ele está fazendo algo desse tipo comigo?

Por que ele está me evitando tanto?

Ou melhor, por que ele me deu um fora?

Afinal, Yuji disse, e Yuji era amiga de Jimin, e provavelmente estava certa.

Eu deveria desencanar...

Tudo começou na semana retrasada. Era terça-feira, há três semanas e meia atrás quando cheguei no colégio e o Park me deu um grande gelo.

No dia, como de costume, eu e Jimin almoçaríamos juntos. Eu até levei uma marmita para ele, querendo que ele tivesse uma refeição decente e saudável no horário do almoço — afinal, Jimin apenas comia o sanduíche da cantina e aquilo era um absurdo. Mas ele não estava na nossa mesa, nosso ponto de encontro.

Então, fui atrás dele, obviamente.

Procurei por Jimin na sala de dança, em sua classe e nos lugares que ele costumava ficar. Ele não estava em lugar algum, não atendia minhas ligações e nem respondia minhas mensagens. Eu não havia o visto, então pensei que ele pudesse ter perdido o horário pois Chaerin — sua vizinha — não havia o ajudado a acordar por algum motivo. Afinal, ela era a encarregada, inclusive recebia uma grana para acordar Jimin daquele sono do diabo.

Mas quando encontrei Taemin e perguntei sobre o hyung, ele me disse que o Park estava na escola. E que ele estava 'num daqueles dias ruins.

Quando perguntei o que eram "aqueles dias ruins" o Lee arregalou seus olhos e negou com a cabeça antes de sair andando, dizendo que não era nada. Talvez, ele achasse que eu soubesse algo que eu não sabia, e quando viu que não, não quis que eu soubesse. Ou talvez não quisesse que eu soubesse por ele, e sim por Jimin.

Mas não desisti e continuei procurando-o. Afinal, não me importava o que aqueles dias ruins significavam, eu queria estar com ele e ficar do seu lado, não importava o que fosse. E se aqueles dias ruins era algo intenso, eu poderia lhe dar apoio. Eu queria lhe dar carinho.

Então, fui no banheiro e... Achei-o.

Eu entrei no local chamando: Jimin, Jimin hyung... E não obtive uma resposta. Foi quando eu peguei meu celular e liguei para o hyung que soube que ele estava lá dentro, na última cabine, pois o toque de seu telefone soou de lá. E rapidamente, foi cortado, pois Jimin desligou na minha cara.

Eu fui até lá e quando tentei falar com ele, ele não me respondeu muito bem. Ficou a maior parte do tempo quieto e no fim, disse algo. E foi uma coisa dura de se ouvir.

"Só fique longe, Jeongguk."

Foi um timbre totalmente diferente do habitual, eu sentia como... Se ele estivesse cheio de mim e eu nunca ouvi-o dizer nada para mim naquele tom antes. Era rude, frio, ríspido.

Meu amigo não tão imaginário {jikook} EM REVISÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora