Sem forças, caindo no chão

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Capítulo Um (narração Maxon)

Acordei com os fortes e quentes raios de sol entrando pelo meu quarto. Com uma certa dificuldade consegui abrir os olhos e me sentar em minha cama. Pude então, contemplar todo meu quarto de uma forma que nunca tinha feito antes. Passei o olho em volta da minha grande e solitária cama, minhas paredes de carvalho escuro, meus móveis e objetos pessoais, porém de tudo o que havia em minha volta o que mais me chamou a atenção foi um mural de fotos encima da minha escrivaninha. Ao sair da cama para olhar as fotos minha barriga roncou, fome – ah, ótimo momento! - Mas também poderia prestar mais atenção no mural mais tarde.

Rapidamente tomei um banho, vesti um terno azul-marinho e penteei meu cabelo de lado. Ao sair do meu quarto comecei a ter uma sensação estranha em relação aos guardas e criadas que passavam pelo corredor. Todos me reverenciavam, mas pareciam me olhar de canto de olho, com um olhar de apreensão e até tristeza. De repente todo o ambiente pareceu estar pesado, aflito e eu não conseguia entender o motivo. Estávamos de luto? Pois poderia ser a única explicação. Mais confuso que o de costume, já começava a me sentir desnorteado, respirei fundo e me dirigi a Sala de Jantar, as portas brancas estavam fechadas, mas eu sabiam que havia alguém ali. Hesitei um pouco ao colocar as mãos sob a maçaneta, mas logo tomei coragem e abri as portas. Notei que meu pai e minha mãe aparentavam tanta preocupação que nem haviam tocado na comida ou bebida servida pelos mordomos. Todos os olhares se viraram para mim - Excelente! - Entrei na sala e timidamente soltei um:
-Bom dia para todos – sentei-me em meu lugar ao lado de minha mãe que me deu um terno e gracioso sorriso.

A garota de cabelos castanhos, e mais animada foi a primeira a responder:
-Bom dia meu querido! Espero que tenha dormido bem após a noite passada.

Achei graça de seu comentário e com um leve sorriso lhe respondi:
-Obrigado, minha cara.

Notei que todos me olharam com um ar de questionamento, mas não liguei. Minha maior preocupação era comer e logo o mordomo trouxe meu prato.

Porém, por pura animação ou insistência a garota de cabelo castanho voltou a se dirigir a mim:
-Maxon, confesso que fiquei surpresa com a sua decisão. Há muito tempo tinha medo de não ser correspondida e agora! Ah, estou muito ansiosa para começar todos os preparativos! Aposto que iremos ser muito, mas muito felizes, meu amor!

Franzi a testa de imediato:
-P-perdão? Creio que eu não entendi direito?

Todos olharam perplexos para mim. Eu não conseguia fazer a mínima ideia do porquê e muito menos, por qual motivo aquela garota continuava se dirigindo à mim com tanta intimidade, ela se esquecera de que sou o príncipe? Como podia chamar- me de meu amor?

Cada palavra que ela dizia me atordoava e me deixava mais confuso. Do que ela estava falando? E antes mesmo de permitir que ela começasse uma nova frase eu me levantei e logo disse, visivelmente alterado e aflito:
-Mas de uma vez por todas, do que é que você está falando? De que preparativos você está falando? Aliás, quem são vocês – perguntei olhando fixamente para cada uma – o que é que está acontecendo aqui?!

Não sei se foi por conta do nervoso ou algo mais. Comecei a me sentir zonzo, a vista ficou turva e a respiração lenta, logo não sentia ou via mais nada. Me senti fraco e seus forças, meus olhos enxergavam a escuridão. Cai no chão de mármore que com certeza, ecoou um som despertando a preocupação e medo de todos.

Ps: peço perdão se ficou muito curto ou não ficou muito bom...hehe. Os próximos serão melhores. ;)

Um conto depois de "A Escolha"Onde histórias criam vida. Descubra agora