Capítulo 5

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                                                         POV ALEXIA

Eu já estava preparada e as bombas também. Vesti meu uniforme e peguei minhas armas, testei e depois sai para pegar minha moto e neutralizar o guarda.
Realizaria meu plano, voltar e no dia seguinte iria pegar o primeiro vôo para a França. Encontrei Melly no meio do caminho e pensei em inventar uma mentira rápida, mas ela iria saber depois então pensei bem na explicação que daria:


— Alexia? O que está fazendo aqui tão cedo? – disse ela incrédula.


— Melly... Preciso falar com você. – disse arrastando ela pra uma sala que não tinha ninguém.


— É o seguinte: Eu vou sumir daqui por um bom tempo e... ninguém deve saber disso além de você. Eu não contei a ninguém. Tenho uma missão pessoal pra resolver. – disse fazendo aspas com os dedos.


— Tá, mas que "missão pessoal" é essa? Alexia... você sabe que não pode sumir assim do nada. De um jeito ou de outro eles vão atras de você. – ela dizia um pouco nervosa.


— Melly eu sei, eu sei de tudo que eu te falei até hoje, mas essa missão eu não posso dizer nada. Eu gostei de ter conhecido você e é por isso que se alguma coisa acontecer e eu estiver fora, fuja o mais longe que puder. E não deixe nada acontecer a Lucy. Eu tenho uma dívida com ela. Tudo bem? – eu sabia que ela não estava gostando daquilo, mas a questão era que a decisão era minha e não dela.


— Sabe mesmo o que está fazendo né? – ela me olhava no fundo dos olhos.


— Se é com respeito a mim sim. Boa sorte Melly.


— Você é terrível Romanova!


Dei um meio sorriso e me despedi dela. Eu não fazia o tipo melancólica pra despedida, mas Melly foi minha aprendiz então pelo menos isso ela tinha o direito de saber. Coisa que não fazia parte da minha personalidade.
Passei no orfanato e falei com a Lucy, e no momento em que ela falou que não queria mais me ver machucada, ai sim ja era hora de ir embora. Peguei minha moto e sai sem nenhum problema, eu sabia muito bem aonde ficava a SHIELD e assim que avistei me certifiquei que estava pronta.


— Ok Romanova é agora ou nunca. – disse mentalmente.


Havia uma entrada secreta que eu havia descoberto nos fundos do prédio, parecia um deposito e pra minha sorte não tinha nenhum segurança ali. Utilizei meus dotes de hacker e bloqueei qualquer possível alarme, e desativei as câmeras. Era um pouco escuro então peguei minha lanterna pra ajudar a clarear. Abri a minha maleta com cuidado, e retirei 4 bombas de nivel médio e as coloquei em pontos estratégicos da sala. Ativei-as para 15 minutos o que era mais ou menos o meu tempo completo de fuga assim ninguém desconfiaria. Eu havia feito tudo aquilo sem ser notada e como ultima vez eu saudei:


— Hail HYDRA.


Todas as bombas tinham o símbolo da HYDRA, e assim que explodissem fariam um barulho enorme mas não seriam capazes de demolir aquele prédio enorme. Assim que saí daquela sala eu me escondi atras de alguns caixotes que haviam ali perto e acionei as bombas. Vesti meu sobretudo, e peguei minha moto que havia deixado a alguns metros dali. Sai pelas ruas voltando pra HYDRA. Eu nem tinha paciência pra explicar que eu tinha um documento que declarava a minha "maioridade".
Enfim cheguei na HYDRA, parei minha moto e entrei. Minha cabeça estava a milhão e eu passava as mãos pelo rosto pensando se meu plano iria dar certo. Fui tomar um banho bem quente pra me relaxar, o que seria difícil. Meu cabelo iria demorar pra secar então usei o secador que deixou por alguns momentos o ruivo bem mais intenso. Depois arrumei as malas porque no dia seguinte eu estaria rumo a Paris. Não vi a hora passar, coloquei meu celular pra carregar e fui comer. Resolvi dormir.

[...]

No dia seguinte, eu acordei, passei as coordenadas para o meu motorista, e parti.
Ele me deixou em frente ao aeroporto e o único problema era que para embarcar não podia ter armas então, antes disso queimei as minhas mas assim que chegasse la compraria novas. Eu odiava andar desarmada, pois era aí que eu desconfiava de todos, mas eu tinha uma licença internacional pra porte de armas. Nunca imaginei que faria aquilo mas eu havia deixado um radio transmissor com Melly assim ela me avisar ia se algo acontecesse. Embarquei e sentei numa poltrona colocando meus fones de ouvido, e quando desbloqueei o celular tinha uma foto da Lucy. Eu podia ser fria, uma assassina psicopata, mas ela me deu forças do jeito dela, para que eu pudesse encontrar minhas respostas.
Fiquei acho que umas 3 horas dentro daquele avião, e quando avisaram que iriamos pousar suspirei aliviada.
Peguei minhas malas e já tinha um carro me esperando para ir direto ao hotel:


— Senhorita Romanova, é um prazer vê-la aqui. Seja bem vinda à França.


— Muito obrigada. Podemos ir? – disse apressada.


No caminho Reed foi me mostrando tudo por onde passávamos. Quando cheguei no hotel, peguei as chaves depois tranquei a porta e comecei a desfazer as malas, e entao lembrei do radio transmissor e chamei Melly:


— Melly, oi sou eu. Acabei de chegar, e tudo aqui é maravilhoso. – dez minutos depois Melly chama de volta:


— Alexia! Que ótimo que você chegou. Aqui as coisas não estão tao bem. Eles estão convocando todos os soldados porque eu acho que estamos sob ameaça. São medidas ofensivas. – ela parecia preocupada.


— Melly... como assim, nem foi tão forte a bomba e... – fui interrompida pela senhora desespero.


— O que? Alexia foi você? Ai meu Deus eu não acredito nisso. Saiba que eu posso não estar viva amanha tá?! – ela dizia histérica.


— Melly cala a boca e me escuta... Eu tenho meus motivos, e o que eu fiz vai salvar a sua vida desse inferno então para de gritar comigo porque eu tenho tudo sob controle.– dai foi a minha vez de alterar a voz.


— Tá Alexia– disse ela bufando. — Desculpa, mas é que não entendo o por que você vai embora e deixa o circo pegando fogo aqui.


— Melly, eu vou atrás de respostas sobre mim. Não se preocupe você vai ficar bem. Eu te dou minha palavra.


— Tudo bem obrigada.– ela já estava mais calma.— Tchau.


— Tchau.


Fiquei pensando no que ela falou. Meu plano estava se cumprindo.
Daqui pra frente será uma nova vida, uma nova Alexia? Será?

Continua.

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