Capítulo 06 - Camilo - Queria lembrar daquele ditado da sorte e do azar

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Eu esperava qualquer coisa da Marina, menos que ela estaria linda e sedutora para o nosso jantar. Que bocão vermelho era aquele? Fiquei louco de tesão só com essa visão. Nosso jantar foi divertido, mas controlar algo que acho que foi ciúmes acabou comigo, todos os homens olhavam para ela, até mesmo o garçom que nos atendia. O pior de tudo era imaginar que eles a desejavam tanto quanto eu. Aliás, tinha algo muitooo pior, eu estava com ciúmes, porra!! Eu nunca na minha vida imaginei ter ciúmes de alguém.

Acho que a Marina não está muito acostumada com bebidas, ela estava meio altinha e nem bebeu muito do vinho que escolhi pro nosso jantar. Fui galanteador o tempo inteiro, elogiei-a sempre que pude, demonstrei meu desejo e a acariciei sempre que tive oportunidade.

Eu já estava louco com todos olhando para ela, então sugeri que fossemos embora, Marina não se importou, aliás, me deu um sorrisinho bem safado. É hoje!!! Quando estávamos saindo do restaurante, ela me disse que precisava voltar, pois queria ir ao banheiro. Eu ofereci irmos ao hotel onde estou hospedado, não escolhi esse restaurante à toa, sabia muito bem onde terminaríamos a nossa noite. Ela não se opôs e fomos direto para o hotel.

Quando chegamos ao quarto do hotel, mostrei onde ficava o banheiro e a Marina se encaminhou pra lá. Eu estava animado e precisava ficar a vontade, tirei o blazer e a gravata e abri alguns botões da camisa. Percebo que a Marina está saindo do banheiro, linda com os sapatos nas mãos e com aquela boca vermelha e convidativa. Não pensei duas vezes:

- Nada vai me impedir agora de borrar esse batom. – Disse agarrando o seu cabelo. – Você me provocou o jantar inteiro.

Merda, que telefone é esse tocando? É o da Marina, ela atende, mas percebo que irá desligar logo. Comecei a desabotoar a minha camisa, eu tenho pressa, estou louco de tesão e quero dar tudo e mais um pouco para Minha Doçura.

Ela desligou o celular e resolvi me fazer de desentendido:

- Onde paramos? – pergunto com um sorriso safado.

- Acho que em algo sobre meu batom. – diz retribuindo o sorriso.

Era incrível ver como a Marina estava entregue, transamos muito e era delicioso a escutar gozar. E eu queria mais, mais e mais... Por isso não resisti ao acordá-la de um jeitinho especial, me enfiei entre as suas pernas e fui provar do seu sabor. Delicioso, como tudo da Marina. Ah, Marina, você é a minha perdição.

Caímos em um sono profundo e quando acordei não a encontrei em lugar nenhum. Por incrível que pareça me senti decepcionado. Esperava tê-la em meus braços nessa manhã, e ter mais algumas horas de sexo incrível com aquela mulher, que cá entre nós é uma delicia na cama, mas ela não me permitiu esse prazer. Que porra está acontecendo comigo? Nunca senti nada disso, nem pela Sara, que foi a mulher que decidi casar, que prometi estar com ela até que a morte nos separasse. Hoje pela primeira vez, arrependo-me dessa promessa estúpida e percebo que poderia ter muito mais do que o que a Sara me oferece. Será? Eu, Camilo, estou amando? Isso é possível, Santo dos Conquistadores???

Chega de tanto pensar! Isso é coisa de gente fraca. Levanto-me e vou ao banheiro, preciso trabalhar e esse rostinho lindo precisa estar perfeito para as minhas fãs.

No caminho para o trabalho, o meu celular toca e vejo que é a Sara. Droga, hoje realmente não estava a fim de papinho, mas preciso falar com ela.

            - Bom dia, querida! Como estás?

            - Camilo, você pode me dizer onde estava ontem a noite? Liguei algumas vezes e você não atendeu e nem teve a decência de retornar a ligação. – que horas ela ligou? Merda, deixei o celular no silencioso e esqueci de conferir.

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