CAPÍTULO I - Seu Sangue

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Boa leitura e espero que gostem!

O frio lhe passava a sensação que estava no fundo do mar, a água gelada congelava seus pelos, proibia o ar entrar pelas narinas aumentando a pressão em sua cabeça e dificultando sua visão

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O frio lhe passava a sensação que estava no fundo do mar, a água gelada congelava seus pelos, proibia o ar entrar pelas narinas aumentando a pressão em sua cabeça e dificultando sua visão. Seus ouvidos estavam tampados e não percebiam o quanto o silencio era um martírio.

Sentia que estava isolada em uma profundeza insensível com algo enroscado em uma de suas pernas que a puxava para baixo, para mais fundo, cegando-a ainda mais. Quando estava certa que estava no meio do mar escuro e sombrio a menina levantou o próprio olhar para a superfície vendo a luz ser limitada enquanto ficava cada vez mais longe, senda engolida pela escuridão em uma imensidão morta.

Seus olhos que desejavam aquela superfície percebeu algo se movimenta em zigue-zague em sua direção, ela tentou se mover, mas nada fizesse era suficiente para fazê-la sair do lugar. A pressão ficou pior quando o que se movimentava estava mais perto, com medo fechou os olhos, rezando para que o que estivesse se aproximando não a percebesse e passasse direto, no entanto a sensação que iria morrer estava presente como pudesse ver, mesmo olhos fechados.

Nervosa sentia seu corpo alertar que a coisa estava mais perto, mas então, a sensação de morte sumiu e tudo dentro dela se acalmou e por cima de suas pálpebras algo brilhou: era uma luz amarelada e forte, que pulsava em sua frente. A paz a mantinha calma, quietude a fez querer abrir os olhos para ver o que brilhava a frente.

Embora estivesse curiosa ela ainda esperava pelo pior, mesmo assim abriu apenas um olho e viu uma bola cintilante flutuar diante de si, não parecia ser uma ameaça, e mesmo dentro da água o oxigênio pareceu adentrar suas narinas, chegando aos pulmões e diminuindo a pressão em sua cabeça. O outro olho fora aberto e o que a puxava para baixo tinha sumido, a escuridão ainda era a mesma, porém não lhe passava mais medo.

A diurna encarou a luz e viu de uma bola flutuante se modelar em uma silhueta feminina, ao poucos todos os membros de um corpo foi aparecendo enquanto a mesma luz pulsava, porém mais lentas e fracas. Os cabelos de fios dourados se movimentavam lentamente enquanto uma face lhe mostrava linhas delicadas e olhos castanhos, um sorriso largo fez belos dentes aparecer.

Ao ver o sorriso a garota notara que água fria passava a ficar quente e agradável, estranhamente sua paz aumentou quando aquele ser feminino lhe acariciou no rosto; o polegar massageando a maçã da bochecha delicadamente e amável. A amabilidade que os olhos castanhos tinham fez a diurna relaxar.

Meu sangue, vá para superfície! — A ouviu dizer, as palavras foram ditas, mas a boca não tinha movimento.

Os olhos encaravam a menina singelamente como ela nunca tivesse visto a escuridão.

Não será hoje o dia de tua morte! — Falou. — Vá para superfície!

Repetiu fazendo-a encarar a superfície aflita.

Sangue Diurno - Seres do AmanhecerWhere stories live. Discover now