(Uma semana depois)
Christian Charles:
Meu celular tocou. Suspendi lentamente minha visão até o criado-mudo e peguei o celular. Mário estava ligando, recusei sua ligação instantaneamente.
— Filho da mãe! Quem ele pensa que é pra me ligar uma hora dessas? — resmunguei alto. Mal tinha acordado e já estava de mal humor. Falei para ele me ligar, mas essa hora estava fora de questão.
Me virei para o outro lado da cama e tomei um susto ao ver a mulher de cabelos louros acordada me observando. Seu rosto era um misto de confusão, ela não podia estar mais confusa do que eu. Não demorou muito, e lembrei perfeitamente do que aconteceu na noite anterior. Era nisso que dava você enterrar a cara na bebida na balada.
Merda.
Pulei para fora da cama, decidido a levá-la embora o mais rápido possível.
— Ei. Hm... Posso tomar banho com você?
— Claro, meu bem. Por que não? — sorri. Ela saltou da cama.
Cerca de duas horas depois, estávamos na minha Mercedes. Era a primeira vez que eu trazia alguém para dormir comigo em casa.
— Lugar sinistro onde você mora. — disse, olhando em volta com certa apreensão.
— Está lembrada do caminho até aqui? — pergunto.
— Não.
— Claro. Você veio o caminho fazendo outra coisa, como podia prestar atenção?
Seu rosto ficou vermelho.
Tirei um pedaço de pano do bolso.
— Vem cá. Preciso vendar você.
— P-por que? — sua voz vacilou.
— Não vou te machucar. Agora vem. — relutante, veio. — Não quero que veja o caminho. — ela soltou um riso nervoso, em seguida passou as mãos no vestido, limpando-as do suor.
— Você tá agindo de uma forma bem suspeita — obejetou.
Ri sem humor nenhum.
— Que bom que percebe as coisas rápido.
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— Levanta. — falei alto o suficiente para acordar Violeta. Retirei as chaves de meu bolso e abaixei-me.
Ela abriu os olhos e logo pôs-se sentada. Libertei-a e fiquei de pé, esperando que ela fizesse o mesmo.
— Vai, levanta! Tá esperando o quê? — protestei, completamente indignado.
Ela apoiou suas mãos no chão e se levantou, passando as mãos nos cabelos na tentativa de arrumar a desgraça que tava.
— Não se sente sufocada com esse cabelo? Posso cortá-lo, se quiser. — soltou um gemido, fazendo cara feia para mim.
— Não ouse chegar perto do meu cabelo!
Dei de ombros.
— Isso é uma barata? — apontei para o lugar em seu cabelo. Ela levou sua mão até ele e soltou um grito tão agudo que meus tímpanos reclamaram.
Gargalhei.
Ela ficou mexendo o cabelo de um lado pro outro, soltando gritinhos agudos, aterrorizada. Então, num movimento brusco, se jogou em cima de mim, me pegando totalmente desprevenido e de supresa.
— Tira-tira-tira! — sem pensar direito no que estava prestes a fazer, pois era muito divertido vê-la assim, retirei a barata.
— Por que tanto medo? Ela não morde. — ela ergueu seu rosto para ver a barata em minhas mãos e... porra!
— Não consigo acreditar que está chorando só por causa disso!
Fungou, limpando as lágrimas com as costas da mão.
— Você é... inacreditável! — por alguma razão, consegui sorrir daquilo. Seu cabelo estava três vezes mais alto por conta das sacudidas.
— Não vai m-matá-la?
— Por que eu faria isso? — soltei a barata no chão. — Não quero ser um assassino de... — antes que eu terminasse de falar, seu pé foi com tudo pra cima dela.
— Bem, agora eu não sou o único assassino aqui.
Ela soltou um suspiro resignado.
Quando subimos, falei:
— Já sabe como as coisas funcionam. — foram minhas últimas palavras antes de sair.
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Me digam o que estão achando, já ri horrores lendo os comentários de vocês. 😂💀
Capítulo revisado. ✔
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Violeta (Completo/Revisado)
RomanceVioleta Harvey, uma garota de dezesseis anos, quando pequena foi abandonada por seus pais em um orfanato. A única coisa que ela considerava boa naquele péssimo lugar eram seus dois amigos: Bryan e Derick. No entando, na infância, eles cometem um pe...