Capítulo 12

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(Uma semana depois)

Christian Charles:

Meu celular tocou. Suspendi lentamente minha visão até o criado-mudo e peguei o celular. Mário estava ligando, recusei sua ligação instantaneamente.

— Filho da mãe! Quem ele pensa que é pra me ligar uma hora dessas? — resmunguei alto. Mal tinha acordado e já estava de mal humor. Falei para ele me ligar, mas essa hora estava fora de questão.

Me virei para o outro lado da cama e tomei um susto ao ver a mulher de cabelos louros acordada me observando. Seu rosto era um misto de confusão, ela não podia estar mais confusa do que eu. Não demorou muito, e lembrei perfeitamente do que aconteceu na noite anterior. Era nisso que dava você enterrar a cara na bebida na balada.

Merda.

Pulei para fora da cama, decidido a levá-la embora o mais rápido possível.

— Ei. Hm... Posso tomar banho com você?

— Claro, meu bem. Por que não? — sorri. Ela saltou da cama.

Cerca de duas horas depois, estávamos na minha Mercedes. Era a primeira vez que eu trazia alguém para dormir comigo em casa.

— Lugar sinistro onde você mora. — disse, olhando em volta com certa apreensão.

— Está lembrada do caminho até aqui? — pergunto.

— Não.

— Claro. Você veio o caminho fazendo outra coisa, como podia prestar atenção?

Seu rosto ficou vermelho.

Tirei um pedaço de pano do bolso.

— Vem cá. Preciso vendar você.

— P-por que? — sua voz vacilou.

— Não vou te machucar. Agora vem. — relutante, veio. — Não quero que veja o caminho. — ela soltou um riso nervoso, em seguida passou as mãos no vestido, limpando-as do suor.

— Você tá agindo de uma forma bem suspeita — obejetou.

Ri sem humor nenhum.

— Que bom que percebe as coisas rápido.

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— Levanta. — falei alto o suficiente para acordar Violeta. Retirei as chaves de meu bolso e abaixei-me.

Ela abriu os olhos e logo pôs-se sentada. Libertei-a e fiquei de pé, esperando que ela fizesse o mesmo.

— Vai, levanta! Tá esperando o quê? — protestei, completamente indignado.

Ela apoiou suas mãos no chão e se levantou, passando as mãos nos cabelos na tentativa de arrumar a desgraça que tava. 

— Não se sente sufocada com esse cabelo? Posso cortá-lo, se quiser. — soltou um gemido, fazendo cara feia para mim.

— Não ouse chegar perto do meu cabelo!

Dei de ombros.

— Isso é uma barata? — apontei para o lugar em seu cabelo. Ela levou sua mão até ele e soltou um grito tão agudo que meus tímpanos reclamaram.

Gargalhei.

Ela ficou mexendo o cabelo de um lado pro outro, soltando gritinhos agudos, aterrorizada. Então, num movimento brusco, se jogou em cima de mim, me pegando totalmente desprevenido e de supresa.

— Tira-tira-tira! — sem pensar direito no que estava prestes a fazer, pois era muito divertido vê-la assim, retirei a barata.

— Por que tanto medo? Ela não morde. — ela ergueu seu rosto para ver a barata em minhas mãos e... porra!

— Não consigo acreditar que está chorando só por causa disso!

Fungou, limpando as lágrimas com as costas da mão.

— Você é... inacreditável! — por alguma razão, consegui sorrir daquilo. Seu cabelo estava três vezes mais alto por conta das sacudidas.

— Não vai m-matá-la?

— Por que eu faria isso? — soltei a barata no chão. — Não quero ser um assassino de... — antes que eu terminasse de falar, seu pé foi com tudo pra cima dela.

— Bem, agora eu não sou o único assassino aqui.

Ela soltou um suspiro resignado.

Quando subimos, falei:

— Já sabe como as coisas funcionam. — foram minhas últimas palavras antes de sair.

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Me digam o que estão achando, já ri horrores lendo os comentários de vocês. 😂💀

Capítulo revisado. ✔

Violeta (Completo/Revisado)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora