Capítulo 4

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Chaewon não acreditava. No prazo de uma semana, ela poderia jurar que o tal vândalo que assinava como "Olivia Wolf" havia acabado com várias garrafas de vinagre. Fora as várias assinaturas que rodeavam a casa. Poxa, ele não folgava nem no ano novo!

Ela queria poder tirar as manchas, mas não sabia como. Até porque, queria fazer o próprio autor daquilo retirar o cheiro.

Bom, por outro lado, parecia que Hyejoo havia melhorado do ferimento, o que a deixava feliz, por algum motivo. Chaewon não entendia o porquê, mas vê-la sorrir com a pintura do muro a deixava feliz e aquecia seu peito, de certa forma, enquanto seu coração disparava.

Aquilo estava a incomodando. Nem com seus antigos namorados sentia coisas assim, intensas. Já sentira admiração antes. Definitivamente, aquilo não era admiração. Mas, quando amava seus namorados, não sentia isso, então também não era amor. Ah, essa confusão era demais para a cabeça de Chaewon.

Deveria perguntar para Haseul, que estava começando a se interessar por Vivi, desde quando se conheceram, no ano novo. Aliás, graças a si, deveria lembrar.

Agora era oficial: era a única encalhada. Era fato que viraria uma piada por parte de Yeojin, mas nada que uma, por vezes, assustadora Sooyoung não desse um jeito.

Suspirou, se lembrando de que as aulas na faculdade começariam logo. Queria, ao menos, mais um tempo sem ter que olhar para o lindo - talvez nem tanto quanto Hyejoo - rosto de seu mais recente ex. Provavelmente estaria paquerando uma aluna mais velha.

Talvez isso fosse uma desculpa, ela sentira que o remorso acabara. Mas ainda não estava pronta para voltar às aulas.

Mesmo estando no primeiro ano do curso de arquitetura, já sentia-se cansada. Feliz, porém, cansada.

Vivi, pelo que tinha lhe falado, estava terminando o curso de pós graduação em informática. A Park queria já estar praticamente formada - mesmo que trabalhando em um lugar que não tem nenhuma relação com seu curso -, assim como ela.

Ouviu batidas na porta e suspirou antes de se levantar para atender. Ela já tinha uma ideia de quem poderia ser.

— Jiwoo unnie?-estranhou ao ver a menina de franjinha a sua frente. — Brigou com a Sooyoung unnie de novo?

— Na verdade, não. -ela sorriu, entrando na casa da loirinha, a permitindo fechar a porta. — É que a Haseul unnie apareceu lá e começou a falar daquela chinesa, de novo. Aí eu fugi.

— E você deixou a minha unnie sozinha?-perguntou Chaewon, cruzando os braços para a Kim.

— Claro que não!-Jiwoo exclamou, quase que indignada. — Ela tá com a Haseul unnie e com os delírios dela com a chinesa.

A Park revirou os olhos, respirando fundo.

— Olha, sua casa tá horrível. -disse Chuu, recebendo um olhar com as sobrancelhas arqueadas de Chaewon. — O que foi?! É a verdade!

— Faça alguma coisa, se te incomoda tanto. -ela rebateu, de forma direta. — Eu vou esperar o responsável aparecer.

— Vai fazer justiça com as próprias mãos?-perguntou Jiwoo, sorrindo sugestivamente. — Gostei. Eu posso bater em alguém?

— O quê?! Não!-disse Chaewon, franzindo as sobrancelhas, deixando a Kim com uma expressão frustrada. — Eu vou fazer aquele vândalo limpar essa sujeira. Nada demais.

— Você me decepciona, Wonnie. -disse a mais velha, balançando a cabeça em negação.

Chaewon suspirou. Teria que aguentar aquela menina pelo resto do dia.

Quando anoiteceu, a Park, já com dor de cabeça de tanto ouvir a voz de Jiwoo, a expulsou de casa, desejando-lhe boa sorte para lidar com Sooyoung. Estava cansada e queria descansar. Sentia um bom pressentimento sobre o dia seguinte e não queria que a Kim a atrapalhasse com as maluquices que dizia.

E, assim que ele chegou, antes mesmo de comer, Chaewon abriu a porta - se lembrando de, antes, trocar de roupa -. Ao chegar à calçada, deu uma olhada na casa: ela estava com mais vinagre - o que ela acreditava não ser mais possível -, e, em várias cores, escrito o mesmo nome: "Olivia Wolf".

— Ah, se eu pego esse pilantra... -murmurava ela, cerrando os punhos e sentindo o rosto se esquentar de raiva.

— É um absurdo, não é?-ela ouviu alguém dizer, ao seu lado.

— Com certeza! Eu vou... -ela continuava, virando-se para ver com quem falava, acabando em estado de choque.

Ela falava com Hyejoo, a garota do moletom de lobo. Como ela descobrira seu endereço?

— Eu... Como você...

— Você deve ser a Chaewon, não é?-perguntou a morena com um sorriso no rosto. — Eu sou Son Hyejoo. Alguns me chamam por Olivia, mas, você deve me conhecer por Olivia Wolf.

Out of PatternWhere stories live. Discover now