Capítulo 31 🌷 Rodrigo/Marina

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O jantar foi perfeito. Meu pai está completamente fascinado por Júlia, passou a maior parte do tempo com ela. Kelly aproveitou o quanto pode da comida. Minha mãe que ficou mais calada, mas Marina as vezes puxava assunto com ela e a mesma entrava no assunto educadamente.

— Júlia está matando seu pai — Marina brinca observando meu pai e Júlia cantando músicas da Barbie.

— Ele adora ela — falei vendo como os dois se divertiram.

Vi minha mãe se aproximar do meu pai e sussurrar algo no ouvido dele, imediatamente meu pai disse para Júlia vir até nós e ela obedeceu, minha mãe puxou meu pai para o escritório e isso me deixou intrigado.

— Eu volto já — falei para Marina e segui os dois.

A porta do escritório não estava totalmente fechada para a minha sorte, então eu consegui ouvir Tudo o que falavam.

— Por que você está com essa cara? — meu pai exclama para minha mãe.

— Você ainda pergunta?! Nosso filho está com namorando uma mãe solteira! — falou Como se fosse um absurdo.

— É só isso? Marlene, o que é que tem demais? Eu tenho orgulho da Marina, com dezenove anos faz o que muitas não faz com mais idade. — meu pai rebate.

— Você está jogando na minha cara que não cuido do meu filho? — o tom de voz dela era ameaçador. — eu quero o melhor para Rodrigo, e essa menina...

Meu sangue estava fervendo de Raiva. Queria invadir e mandar ela calar a boca, mas escolhi ouvir.

— Ela ama nosso filho! — meu pai disse — e ele a ama também, e o fato de ela ter uma filha de outro relacionamento não muda e nem dificulta nada. Você viu aquela menina? Ela é A criança mais Linda, educada e fascinante que já vi.

— Eu vi como você já está todo apegado aquela menina, mas ela não é nossa neta, ela não tem nosso sangue!

— E daí? Eu adoro ela tanto quanto adoro o relacionamento da mãe dela com nosso filho. Marina, mudou nosso filho, e pra melhor.

—  A não fala besteira! Você já imaginou o que as pessoas vão falar? A meu Deus não quero nem imaginar.

— Para com esse drama, Marlene. Eu não Quero discutir com você, mas vou deixar claro A minha opinião, eu apoio muito o relacionamento do Rodrigo com a Marina, e se depender de mim vai além.

Saí rapidamente e voltei para a sala.

— O que foi, Amor? — Marina perguntou meio preocupada.

— Nada, não foi nada — falei.

— Cadê a netinha linda do vovô? — meu pai diz surgindo na sala.

— Eu aqui! — Júlia grita correndo ao encontro dele.

Abracei Marina fortemente e fiquei observando os dois brincarem novamente.

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                    Marina

Hoje é domingo, um novo dia, as memórias do jantar de ontem ainda está em minha mente. Foi maravilhoso. No começo Achei a mãe de Rodrigo meio tímida, mas pelas perguntas e respostas que ela soltava durante o jantar, eu mudei de idéia.

— Minha nossa, acho que exagerei na comida ontem — Kelly diz surgindo na cozinha esfregando a barriga — pensei que eu não conseguiria mais parar de cagar, Deus é Pai.

— Kelly, você é nojenta! — falo após fazer uma careta.

— Eu sou sincera, é diferente. — fala e me dá língua.

— Acontece que eu não quero saber como anda seu estômago — replico.

— Ai Mari, vamos fazer um programa legal hoje?

— eu estava pensando em dobrar todas as roupas do guarda roupa. — falo.

— Algo Divertido, né?

— Pensei que você achasse Divertido roubar todas as minhas roupas. — brinco.

— E é. Mas quero fazer outra coisa, eu você e a Pixilim, domingo das meninas, que tal?

— Hm... Piquenique? — sugiro.

— Hm... Piquenique! — ela confirma.

Bebi apenas um copo de iogurte e comecei a ajudar Kelly a arrumar a casa, varri e passei pano enquanto ela tirou o pó e cuidou das louças. Depois que Júlia acordou, nós começamos a nos arrumar. Coloquei um vestido leve e folgado em Júlia na cor branca. Em mim, um short meio folgado e um blusão preto.

— Estão prontas? — olho para Kelly na porta do meu quarto.

— A gente vai a um piquenique, e não a um show. — indaguei.

Ela estava com um vestido rosa choque, pelo menos não era colado no corpo.

— Vamos Logo sua sem Graça — ela pegou Júlia e saiu do quarto.

Peguei a cesta com as coisas e fechei o apartamento, Kelly e Júlia me esperava no elevador.

— Vamos no parque mais perto — aviso.

— Eu sei — ela fala revirando os olhos.

— Bom dia, seu Jão — diz Júlia Assim que passamos pela portaria.

— Bom dia menina Júlia. Bom dia garotas. — ele responde.

— bom dia — eu e Kelly respondemos gentilmente.

Seguimos para o parque que fica a uns quinze minutos daqui. Dia de domingo é difícil ter muitas pessoas aqui nas Ruas, fica até meio assustador.

— Mari, o que você acha de eu pintar meu cabelo? — Kelly pergunta enquanto caminha segurando a mão de Júlia.

— Depende, qual cor?

— Ainda não sei, mas quero mudar, tô cansada da mesma cara de sempre.

— Você vai pintar o cabelo, Kelly, e não a cara — falo.

— Você entendeu! — ela replica.

Chegamos ao parque e percebi que hoje está mais cheio do que costumava ser. Fomos para um canto mais afastado, colocamos a toalha na grama e depois colocamos os alimentos em cima.

— Vem, vamos tirar uma foto — fala abrindo a câmera do celular. — ficou Linda, vou postar no Instagram para registrar esse momento, vai que seja o ultimo.

— Kelly!

— o que?

— por que tá falando isso?

— Ué, vai que você se casa e me deixa de lado — fala baixando o rosto.

— Kelly, você está com ciúmes de mim com o Rodrigo? — pergunto segurando a risada.

— não é ciúmes, eu só odeio ele um pouquinho por ter roubado um pouco de você de mim. — admite ela.

— Sua boba, eu nunca vou abandonar você, e você sabe muito bem disso — dei um empurrão de leve em seu braço.


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