Vinte e dois

50.8K 4.6K 679
                                    

Por Miranda

Acordei sobressaltada, o coração disparado por causa do sonho vivido que tive, suor escorreu por minha testa e o vales dos meus seios.

As lembranças do sonho aos poucos desaparecia se tornando confusa e sem sentindo, tento me lembrar e só escuto o som indistindo de uma música lenta e desconexa.

Aos poucos minha respiração se estabiliza, percebo que não estava em meu quarto, e muito menos em um apartamento familiar, saio da cama rapidamente e corro até as cortinas que cobriam a vista la fora.

Em um impulso as abrir me deparando com uma porta de vidro para uma pequena varanda, com um apóia corpo de vidro reforçado com aço como corrimão.

Os edifícios a frente desse prédio, não eram reconhecíveis, precisava de algo mais para me localizar e saber aonde diabos eu estava, sem pensar duas vezes abrir a porta e a empurrei, o ar gélido noturno acariciou meu rosto.

Espalhando meus cabelos com a suave ventania, em passos hesitantes caminho até a borda da varanda e agarro o apóia corpo e inclino meu corpo para vê qualquer coisa familiar que poderia usar como ponto de início para saber o quão longe eu estava de casa.

Não foi uma ótima idéia, a única coisa que percebi ao me inclinar era o quão longe o chão estava, minha respiração falhou, de repente o chão pareceu zilhões de quilômetros.

Minha mente imediatamente enviou imagens do que sobraria do meu corpo caso caísse daquela altura, não era uma imagem bonita que fez pontos negros se espalhar por minha visão, com o coração disparado pelo medo e as mãos trêmulas, fecho meus olhos, e me afasto da borda lentamente com uma sensação crescente de ter um nó na boca do estômago, quando sentir que tinha dado passos demais para trás, abrir meus olhos ainda com a respiração falha e minhas mãos gélidas por causa do medo.

Nunca pensei descobrir meu medo de altura daquela maneira, ainda confusa e assustada dei um grito fino quando uma mão tocou meu ombro.

Imediatamente me afastei e vi quem era o dono da mão que me encarava confuso.

--Marlon .. você está tentando me matar?!.- exclamei com a voz não passando de um sussurro, com a mão no peito sentir o meu coração acelerar e aos poucos voltar ao seus batimentos normais.

--Não.-- sussurrou ele .--Você está bem?.-- perguntou baixinho

--Aonde estamos?.--desconversei cruzando os braços para que ele não visse o quão trêmulas elas estavam, nem a pau que eu deixaria ele vê essa vulnerabilidade em mim.

Já não bastava os gritos, e como eu devia estar parecendo alguém que acabou de vê um fantasma.

--No meu apartamento.- murmurou ele olhando para a porta da varanda que estava aberta e depois para mim com uma sobrancelha erguida em uma pergunta silenciosa.--Seu apartamento ficava no sexto andar e não tinha elevador para te levar até ele sem acorda-lá. - disse Marlon ainda com a voz baixa.-- E porque estamos sussurrando ?.-- perguntou pouco tempo depois.

--Eu não sei .-- falei, suspirei.-- Porque simplemente não me acordou?.-- pergunto normalmente

--Você merecia descansar, desculpe se tomei a decisão errada.- disse ele coçando a nuca, e caminhou até a porta da varanda a fechando em seguida.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora